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Leia na Fonte: Teletime
[06/06/19]
ISPs devem pleitear ao menos dois blocos do 26 GHz no leilão 5G , diz
consultoria - por Henrique Julião
Dos oito blocos previstos na licitação da faixa de 26 GHz no leilão do 5G, pelo
menos dois deveriam ser reservados para prestadoras de pequeno porte (PPP) como
forma de incrementar a capacidade das redes operadas pelas empresas regionais. A
proposta foi apresentada pela sócia da Telconsultoria, Katia Pedroso, durante o
primeiro dia do encontro nacional da Abrint, realizado nesta quarta-feira, 5.
"São oito blocos de 400 MHz, então estamos falando de 3,2 GHz. Como política
pública, tendo em vista que as empresas competitivas levam a expansão da banda
larga, tem que reservar um ou dois dos blocos para os PPPs, ou um grande de 800
MHz", argumentou a consultora, que participou de debate sobre infraestrutura
entre o MCTIC e Abrint.
"A faixa é nacional e cabe muito provedor em nível municipal. Dá para reservar,
não ir a leilão e permitir que eles façam a coordenação. Em um segundo momento
até pode licitar [os blocos reservados], depois discutimos se vai ser oneroso ou
não, mas guardem pelo menos dois blocos para ele continuar fazendo o trabalho
para o 5G. Porque 5G não funciona sozinho, ele vai precisar do provedor para
pulverizar".
"Queremos participar do 5G de alguma forma. As frequências mais altas são as
mais apropriadas para os provedores. Já os dispositivos vão aparecer", afirmou o
diretor da Abrint, Basílio Perez, que mesmo assim mostrou certo ceticismo com
algumas promessas feitas em torno da tecnologia. Segundo o dirigente, muito do
que se fala do 5G é "folclore".
Segundo nota o parecer sobre o desenho do leilão 5G publicado por este
noticiário no mês passado, a faixa de 26 GHz já tem processo avançado de
uniformização internacional e está atualmente subutilizada no País. Já a
superintendência de outorgas da Anatel manifestou durante o Painel Telebrasil a
"preocupação de ter lotes para serem migrados para blocos regionais" ou modelos
para um segundo interessado em caso de blocos não arrematados.
450 MHz
Após decisão da Anatel de retomar a faixa de 450 MHz, o uso da frequência também
seria de interesse para os provedores regionais, observa Kátia Pedroso. "Podemos
colocar projetos de interesse público na mesa", sugeriu a sócia da
Telconsultoria, citando serviços de Internet das Coisas em monitoramento,
transportes e segurança como exemplos de prestação que "justificassem o uso
primário" por provedores regionais. "Agora vai poder pedir o uso secundário, mas
na teoria tem um risco. Então um projeto público bem elaborado poderia dar o 450
MHz em caráter primário para quem quer fazer e entregar projetos públicos. As
grandes ficaram com a frequência desde 2012 e não fizeram. Como 450 MHz tem
muita pouca utilização, mesmo com muita gente interessada, elas não interessadas
no mesmo lugar", assinalou.