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Leia na Fonte: Computerworld
[11/06/19]
Para CEO da Cisco, há muita desinformação sobre 5G no mundo: "não há apenas um
fornecedor de 5G" - por Luiz Mazetto*
Em evento nos EUA, Chuck Robbins minimizou impacto do banimento da Huawei para o
mercado e disse que "não há apenas um fornecedor de 5G"
O CEO da Cisco, Chuck Robbins, falou nesta segunda-feira, 10/6, sobre o recente
banimento da Huawei no mercado norte-americano em meio à guerra comercial entre
os governos dos EUA e China. Para o executivo, há muita confusão sobre 5G no
mercado.
“Há um alto grau de ignorância sobre 5G no mundo. Não é como se houvesse apenas
um fornecedor que pode construir 5G. Nokia, Ericsson e Samsung possuem ótimas
tecnologias hoje”, afirmou, minimizando o impacto do banimento da Huawei para o
5G.
As afirmações foram feitas durante um evento para a imprensa realizado na
conferência anual Cisco Live, que acontece nesta semana em San Diego, na
Califórnia. Na ocasião, o CEO também disse que as equipes de vendas da empresa
não focam em questões geopolíticas.
“Estamos focados na nossa inovação. O nosso trabalho é focar principalmente nas
coisas que controlamos”, afirmou Robbins, que está prestes a completar 4 anos
como CEO da Cisco no próximo mês de julho.
Em março deste ano, conforme reportagem da Bloomberg, o executivo tinha feito
afirmações na mesma direção, ao sugerir que temores sobre um possível domínio da
Huawei no segmento de 5G eram exagerados.
“A infraestrutura atual pelo mundo é construída em uma combinação de
fornecedores de comunicações da Europa, China, EUA, de todos os lugares. E penso
que apesar de tudo que ouvimos, penso que também será assim no futuro”, apontou
na ocasião.
Privacidade
Nesta segunda, 10/6, durante a keynote de abertura do Cisco Live, que completa
30 anos de história em 2019, Robbins destacou que acredita que a privacidade
deve ser um direito humano básico e chamou a atenção para a importância de
legislações como a GPDR neste sentido.
Vale notar que, em fevereiro deste ano, a Cisco soltou um comunicado pedindo a
governos e cidadãos que a privacidade seja considerada um direito humano
fundamental, solicitando alguns elementos e pontos em comum para legislações
sobre o assunto nos EUA e no mundo.
*O jornalista Luiz Mazetto viajou para San Diego a convite da Cisco