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Leia na Fonte: Olhar Digital
[14/01/20]  Agência vai apenas acompanhar instalação de filtros pelo CPqD

O Sinditelebrasil, entidade que congrega as maiores operadoras de telecomunicações do país, decidiu iniciar os teste para verificar se os novos filtros vão conseguir evitar a interferência da tecnologia 5G no sinal da TV aberta por antenas parabólicas. Os dois serviços utilizam a frequência de 3,5 GHz. A experiência em laboratório provou que os novos equipamentos são capazes de evitar a interferência, segundo o CPqD, centro de pesquisa que está responsável pelos testes.

Como a Anatel é quem vai dar a palavra final sobre a solução do problema, o Sinditelebrasil pediu a participação na agência. Leonardo Morais, presidente da Anatel, concordou com a participação, mas alertou que os técnicos enviados devem ser considerados apenas “colaboradores observadores”. Isso porque o Comitê de Órbita e Espectro da agência já realizou seus testes, com resultado divulgado em julho.

O problema começou por conta do uso da frequência escolhida pela UIT e adotada em todo o mundo para a transmissão do 5G. No Brasil, porém, as televisões em parabólica já ocupam a frequência 3,5 GHz. Como o sinal do satélite é mais fraco, o serviço móvel impediria que os da televisão chegassem ao usuário, mas foi definido que os sinais iriam conviver juntos.

Os radiodifusores defendem que a TV migre para outra frequência, mas quem pagaria por isso seriam as operadoras de celular. Porém, é estimado que isso custe entre R$ 7 e R$ 9 bilhões e, com isso, elas sugeriram a utilização de filtros nos receptores das televisões. Os primeiros equipamentos não resolveram o problema, e novas tecnologias e fabricantes foram convocadas para novos testes. Aparentemente, esses novos equipamentos conseguiram atingir os objetivos e agora resta testar fora dos laboratórios.