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Leia na Fonte: Teletime
[24/09/21]
Edital do 5G cria nova entidade exclusiva para escola conectada, a EACE -
por Bruno do Amaral
Conforme antecipado por TELETIME, o voto do conselheiro Moisés Moreira,
acompanhado pela maioria do conselho da Anatel e efetivado na aprovação do
edital do 5G nesta sexta-feira, 24, criou uma nova entidade exclusiva para a
administração dos compromissos de conectividade nas escolas públicas,
relacionados à faixa de 26 GHz. A opção foi a de constituir a Entidade
Administradora da Conectividade das Escolas (EACE), com o grupo de
acompanhamento de custeio a projetos de conectividade das escolas (GAPE), de
forma separada da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz.
Desta forma, afastam-se duas questões: o aumento da complexidade de operação da
EAF, que já contará com a migração da TVRO da banda C para a banda Ku, rede
privativa e Norte Conectado; e a composição de uma entidade formada por
proponentes da faixa de 3,5 GHz para executar projetos com recursos do 26 GHz. A
proposta de Moreira foi acompanhada inclusive pelo conselheiro relator, Emmanoel
Campelo, e pelo presidente da Anatel, Leonardo Euler.
"Vejo risco jurídico alto, como a hipótese extrema de não haver ganhadores na
faixa de 3,5 GHz, e aí não haveria a garantia da conectividade nas escolas",
destacou Moisés Moreira, ressaltando que a EAF estaria "sobrecarregada" de
projetos.
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O conselheiro também entendeu que a participação do Ministério da Economia, que
definirá esses compromissos relacionados à faixa de 26 GHz, poderia trazer maior
estresse à gestão da EAF. O funcionamento da nova EACE será análogo à da
entidade de 3,5 GHz.
GAPE
Desta forma, a nova EACE contará com participação dos proponentes da faixa de 26
GHz e do Ministério da Educação. O GAPE terá os projetos definidos pelo MEC, mas
será coordenado pela Anatel.
O GAPE definirá as características, critérios técnicos, cronograma e estudo de
precificação dos projetos. Por considerar que isso se relaciona com a
competência da Anatel, o poder decisório do grupo caberá à agência. O arranjo de
governança e operacionalização deverá ser definido também pelo próprio grupo de
acompanhamento.
O objetivo é que os projetos estabeleçam não apenas um ponto de conexão. A banda
larga terá de ser suficiente para utilização para fins pedagógicos. Além disso,
os escopo do GAPE será mais amplo, seguindo a Política de Inovação Educação
Conectada, instituída pela Lei nº 14.180/2021 e pelo decreto 9.204/2017. Isso
significa que também haverá garantias de implantação de infraestrutura de última
milha nas escolas para garantir a plena conectividade. "Do que adiantaria banda
larga se a escola não tem computador?", pontuou Moreira.
Os compromissos envolverão a instalação dessa infraestrutura, transferência de
bens para as escolas e lançamento de ofertas públicas para prover a conexão e
construção da rede e da última milha.
Faixa de 26 GHz
O voto do conselheiro vistante manteve o valor do preço mínimo para a faixa de
26 GHz, que será 10% da quantia total. Assim, os aportes serão equivalentes a
nove vezes o preço mínimo, acrescido de ágio. Também ficam mantidos o tamanho
dos blocos conforme proposta do conselheiro Emmanoel Campelo, com 16 lotes de
200 MHz (em vez dos originais oito blocos de 400 MHz). A determinação de que os
recursos da faixa fossem atribuído aos compromissos de escolas conectadas foi do
Tribunal de Contas da União.
O leilão do 5G acontecerá no dia 4 de novembro, data de aniversário da Anatel.