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Espectro de 700 MHz
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Fonte: Convergência Digital
[17/01/12]
700 MHz: Teles reforçam lobby no Brasil
As operadoras brasileiras entram 2012 reforçando o lobby pelo uso da faixa
de 700 MHz. Em comunicado oficial, o SindiTelebrasil, com dados da União
Internacional de Telecomunicações, reforça que sem a faixa de 700 MHz para
os serviços móveis, são reduzidas as chances de o Brasil ficar alinhado com
o mercado mundial e sem o ganho de escala, sofrer com a elevação dos custos
de produtos e serviços, criando uma barreira para o processo de massificação
da banda larga.
A entidade salienta que,em vários países, 700 MHz já é utilizada para
serviços móveis. Exemplo citado é o da Austrália, que já anunciou para este
ano um leilão de licenças utilizando essa faixa de frequência, conhecida
como Dividendo Digital, alinhando-se à tendência mundial de uso e
harmonização desse espectro. O maior argumento do órgão regulador da
Austrália é a crescente demanda por serviços de banda larga móvel naquele
país, que deverá aumentar 35 vezes de 2009 a 2015.
Trazendo esse crescimento de demanda para o Brasil, o SindiTelebrasil
sustenta que a utilização da faixa de 700 MHz pelos serviços móveis no
Brasil significará inúmeros benefícios para os usuários de telecomunicações,
especialmente na massificação da banda larga e na ampliação da capacidade de
transmissão de dados. Permitirá um aumento da velocidade média brasileira de
conexão à internet, com a implantação da quarta geração da telefonia celular
(4G), e um melhor atendimento aos turistas nos eventos esportivos
internacionais, como a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de
2016. De acordo com dados da GSM, na América Latina, o tráfego de dados deve
aumentar 38 vezes até 2015.
Segundo ainda o SindiTelebrasil, com a digitalização da televisão, em função
da adoção do padrão SBTVD, a liberação da faixa de 700 MHz já pode ocorrer
imediatamente em mais de 90% dos municípios brasileiros, em que não há
canais de TV nessa faixa, principalmente no meio rural, onde há uma
crescente demanda por banda larga.
O sindicato, que reúne as operadoras, sustenta que o uso da faixa de 700 MHz
é importante para a massificação da banda larga porque permite que o sinal
das antenas de celulares tenha um maior alcance. Com isso, há uma redução
dos custos de implantação das redes, o que resulta em menores preços para o
consumidor. Além disso, ela possibilita a prestação de serviços de conexão à
internet em altíssima velocidade, por meio da tecnologia 4G, que aumenta
consideravelmente a velocidade de download em relação à tecnologia 3G,
utilizada atualmente e amplia a capacidade de transmissão de dados.
A entidade lembra ainda que a União Internacional de Telecomunicações (UIT)
já recomendou a utilização da faixa de 700 MHz para os serviços móveis e
essa orientação está sendo seguida por diversos países. A comissão
Interamericana de Telecomunicações (CITEL), que reúne representantes do
governo e do setor privado de todos os países das Américas, aprovou no mês
passado mais um arranjo de canalização para uso da faixa de 700 MHz pelos
serviços móveis. A utilização de uma mesma tecnologia por um número maior de
pessoas provoca uma queda nos custos dos equipamentos, com o chamado ganho
de escala, o que barateia o preço do terminal de acesso para o consumidor.