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Leia na Fonte: Convergência Digital
[15/05/12]  Exército pede que Anatel libere 700 MHz para uso em LTE - por Luis Osvaldo Grossmann

As teles ganharam, indiretamente, um aliado importante na disputa pela faixa de 700 MHz, que ao menos até 2016 fica em uso das radiodifusoras. O Exército brasileiro está animado com os testes realizados em parceria com a Motorola para comunicações em tecnologia de quarta geração (LTE) nessa frequência e já pediu formalmente à Anatel à destinação de, pelo menos, uma fatia do espectro para aplicações em segurança.

O Centro de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército, trabalha com a perspectiva de efetiva implantação do sistema em 2014 – no entendimento do comandante do CCOMGEX, general Antonino Santos Guerra, não há mais tempo hábil para a implantação antes da Copa das Confederações, no próximo ano.

“É uma situação complicada, mas precisa que ocorra [a destinação] a curto prazo para haver o processo de licitação, senão a janela de oportunidade pode passar”, afirma o general. Na prática, os grandes eventos esportivos servem como incentivo para uma possível decisão de atribuição da faixa, mas o objetivo é usar a capacidade de transmissão em diferentes operações militares.

Santos Guerra explica que um primeiro pedido à Anatel chegou a ser feito ainda no ano passado. “Mas o assunto ainda estava pouco aquecido e não prosperou”, explica. De qualquer forma, a Motorola Solutions – braço de redes após a cisão da empresa – apostou no investimento de US$ 2 milhões para seis meses de testes na capital da República.

Em essência, o 4G da Motorola em 700 MHz é especialmente voltado a aplicações em segurança pública – e compatível, naturalmente, com os atuais sistemas que a empresa já venda para órgãos em diversos países, inclusive no Brasil. Com três antenas instaladas no Distrito Federal – em áreas do Exército – a experiência cobriu o centro de Brasília em transmissões de 5+5 MHz onde vem conseguindo taxas de 30 Mbps.

“É o primeiro teste de LTE em 700 MHz na América Latina, oferecendo banda larga com mobilidade total. Nosso teste valida uma solução comercial que já temos em outros países e esperamos que essa vitrine prestigie a todos os países vizinhos. A ideia é influenciar positivamente”, admite o presidente da Motorola Solutions, Eduardo Stefano. Não por menos, para a demonstração foram convidados argentinos, chilenos, colombianos e mexicanos.

Se os testes estão sendo realizados com banda de 5+5 MHz, o pedido junto à Anatel é para uso da fatia de 700 MHz a 720 MHz – ou seja, com vistas a transmissões em 10+10 MHz. Nesse ponto a Motorola ainda fala nos teóricos 100 Mbps de velocidade possíveis com a nova tecnologia.

O Exército já participa de um projeto de preparação de redes para os grandes eventos esportivos, mas, como explica o general Santos Guerra, “o LTE não consta ainda do projeto”. O motivo, completa, retorna ao pedido junto à Anatel. “Não podemos adquirir nada com base em uma janela provisória de frequência”, diz o comandante do CCOMGEX.