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Leia na Fonte: Convergência Digital
[21/05/12]
700 MHz: UIT adverte Brasil a agilizar definição do uso da faixa - por
Carmen Lucia Nery
As discussões em torno do gerenciamento do espectro de frequência e seus
impactos sobre os serviços de banda larga dominaram as apresentações da 12ª Rio
Wireless. Até 2020, o tráfego de dados deverá cresce 1000 vezes e isto
representa o maior desafio para os reguladores no gerenciamento de frequências.
Durante o painel "Gerenciamento de espectro para banda larga móvel na América
Latina", Fabio Leite, do comitê de radiocomunicação da União Internacional de
Telecomunicações (UIT) reforçou que o foco da entidade hoje é garantir a
qualidade nas transmissões e garantir um ambiente favorável para os
investimentos. Nesta linha, o organismo da ONU vem trabalhando para antecipar o
futuro.
“A 3G começou a ser discutida em 1986 e a primeira atribuição de espectro se deu
em 1992. Depois disso trabalhamos nas definições do IMT e, mais recentemente, do
IMT Advanced que inclui o LTE e o Wireless Man Advanced. Agora estamos
discutindo o IMT para a próxima década o IMT Next Decade que vai permitir
conexões a taxas de 1 Gbps, e cujo standard foi publicado em janeiro”, disse
Leite.
Ele conta que desde 2007 houve uma aceleração do interesse sobre a banda larga
móvel e uma grande quantidade de espectro foi definido. Em 2006, a UIT publicou
o plano de frequência de TV Digital para Europa e África. Um ano depois os
países membros da UIT definiram os planos para telefonia móvel. Em 2009, os EUA,
em função dessa atribuição de frequência, realizaram o leilão a faixa de 700
MHz, vencido pela Verizon e a AT&T, iniciando o processo e ocupação dessas
faixas novas.
Segundo ainda o executivo da UIT, a consequência das várias faixas de frequência
disponíveis é que somente para o LTE há 30 bandas diferentes a serem
consideradas. Para rever e harmonizar as atribuições das faixas de frequência, a
UIT realizou a conferência WRC12 com 163 países.
“Liberamos para a Europa a faixa de 800 MHz e a de 700 MHz para a África. Em
três anos vamos realizar outra conferência para liberar mais faixas de
frequência para sistemas móveis e banda larga. O objetivo é harmonizar cada vez
mais o uso dessas faixas”, reforça.
No Brasil, a faixa de 700 MHz é de uso secundário e, neste caso, o país não pode
pedir proteção internacional contra interferências. “O Brasil tem uma situação
muito especial que tem que ser observada pelo governo se houver interesse de se
usar esta faixa para telefonia móvel”, alerta Leite.