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Fonte: Convergência Digital
[06/08/13]
Com R$ 500 milhões, On Telecom olha aquisições e avalia leilão do 700 MHz -
por Ana Paula Lobo
A On Telecom entrou na briga do mercado de banda larga residencial no Brasil. Na
cerimônia de lançamento oficial, realizada nesta terça-feira, 06/08, na capital
paulista, e que contou com a presença do ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo, e do presidente da Anatel, João Rezende, os fundadores - Zaki Rakib e
Farés Nasser - detalharam os planos de atuação -a tele comprou licença 4G nas
áreas de Campinas, Ribeirão Preto e no Vale do Paraíba (DDDs 12 e 19) - e da
participação do fundo do megainvestidor George Soros no controle da empresa.
O serviço de banda larga portátil (que combina fibra óptica com 4G ) ficará
disponível em 133 cidades do interior paulista até 2014. Ainda este ano, a ideia
é operar em Campinas, Valinhos e Itatiba e mais 30 cidades. Objetivo é cobrir 10
milhões de habitantes. "A penetração do cabo e da fibra óptica até a casa do
cliente ainda é muito limitada no Brasil. Vamos atuar em cidades onde não havia,
ou havia uma oferta única, de banda larga. O serviço que estamos apostando - o
MyWi-fi - permite que o cliente leve o roteador para qualquer lugar da nossa
área de atuação. Dentro de casa, ele pode deslocar o dispositivo, de acordo com
a sua necessidade", explica Farés Nasser. O equipamento tem ainda bateria de
quatro horas e é mais estável que a oferta de banda larga via rádio.
"Nossa tecnologia, a TD-LTE é usada apenas por 12 operadoras no mundo ( entre
elas a Sky no Brasil), mas tem um grande potencial de crescimento, já que quem a
usa é a China Telecom, que instala 150 milhões de antenas por ano, para atender
800 milhões de clientes. Não há problema de dispositivo ou de infraestrutura",
assegura ainda Nasser. Indagado sobre a presença da Sky, o executivo disse que,
neste momento, as duas operadoras não disputam os mesmos clientes. "Compramos
operadoras em áreas distintas. Hoje não somos rivais diretos", garantiu.
Com a curiosidade do mercado com a presença do megainvestidor George Soros no
capital acionário da On Telecom, Nasser e Rakib admitiram que nos próximo 24 ou
26 meses, o fundo do Soros deverá virar acionista majoritário, em função dos
aportes de recursos ( os valores não foram adiantados, mas o grupo Soros não faz
investimentos abaixo de US$ 150 milhões, segundo os próprios executivos). No
momento, a On possui cerca de R$ 500 milhões para ativar sua operação. "Esse
valor não incluiu a compra da Sunrise (operadora MMDS, adquirida em 2012),mas
embute as compras das licenças do 4G e de toda a parte de infraestrutura - rede
própria de última geração", diz Nasser.
Cobrados pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e pelo presidente da
Anatel, João Rezende, para ampliar a presença além do interior paulista, os
executivos da On Telecom afirmaram que têm, sim, planos de expansão - estão
atentos para novas aquisições - as empresas de MMDS estão revendo os negócios e
repassando espectro para o 4G - e esperam o edital do 700 Mhz para ganhar maior
capilaridade, além do novo leilão da sobra do 2,5GHz, uma vez que para crescer
precisam de novas frequências. Leilões estão previstos para 2014.
"Gostaria muito que a On Telecom olhasse para o Paraná, para o Nordeste e
Centro-Oeste onde há várias localidades onde o sistema da empresa levaria banda
larga onde as teles não estão", disse o presidente da Anatel, João Rezende. O
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, endossou o discurso. "Há uma grande
desigualdade no Brasil na oferta da banda larga. Aqui, nos Jardins (onde o
evento foi realizado) há uma briga feroz entre 6,7 operadoras. Mas a periferia
de São Paulo está sem competidor. A disputa nos bairros mais ricos é até
predatória, e quem precisa está pagando caro. Espero que a On perceba que há um
grupo de brasileiros ávidos por banda larga".
Oficialmente a empresa está disponibilizando três pacotes: R$ 99,90
(5Mbps/10GB), R$ 129,90 (10Mbps/30Gbps) e R$ 169,90 (10 Mbps/100GB). Indagados
se o preço não estava elevado, os executivos da On Telecom garantiram que os
clientes da empresa no período de testes - cerca de 3 mil - não reclamaram do
custo. "Entregamos o produto com garantia de 60% da velocidade contratada. As
teles, hoje, têm obrigação de levar, quando levam, apenas 10%. Não houve
reclamações de custo", afirmou Carlos André Albuquerque.