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Fonte: Tele.Síntese
[02/12/13]
Leilão da faixa de 700 MHz pode atrasar, avalia Abert - por Lúcia Berbert
Segundo engenheiro da entidade, resultados dos testes saem no final de abril e
ainda dependerá de dois regulamentos.
A realização da licitação da faixa de 700 MHz no primeiro semestre de 2014, como
está prevista, passou a ser um desafio, em função das medidas que ainda precisam
ser tomadas. A avaliação é de Paulo Ricardo Balduíno, engenheiro da Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), feita durante a audiência
pública promovida nesta segunda-feira (2), pelo Conselho de Comunicação Social
do Congresso Nacional.
Segundo Balduíno, os testes sobre convivência dos dois serviços – TV digital e
banda larga móvel - da Anatel começam na semana que vem, mas o relatório somente
ficará pronto no final de abril. “E ainda faltará a construção do regulamento
para mitigar interferências e a elaboração do edital do leilão, que passarão por
consultas públicas”, disse.
O diretor de Regulamentação do SindiTelebrasil, Sérgio Kern, não é favorável ao
adiamento, mas ressalta que as operadoras não poderão avaliar suas participações
se não tiverem a noção exata de quanto vai custar a migração das emissoras. “Sem
esse levantamento, também não será possível avaliar o preço da faixa”, disse.
O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, por sua vez,
quer assegurar espaço para as TVs do campo público no novo ordenamento da faixa.
Ele sugere que, nas cidades onde ainda não há canais públicos, seja licitada uma
banda menor do espectro. “Caso contrário, essas emissoras não terão condições de
competir desde já para ganhar audiência se tiverem que esperar o apagão
analógico”, disse.
Breve disse que a TV pública não tem canal em Campinas e um só em São Paulo.
Outra reivindicação dele é de que seja incluída, entre as obrigações para as
deles, a construção do operador único da rede pública, para minimizar os
prejuízos para essas emissoras.
Já o presidente da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e
Culturais (Abepec), Pedro Luiz Osório, lamentou a falta de política pública para
as comunicações. “Sem isso, ficamos de fora dos debates sobre a destinação da
faixa e essas emissoras estão sendo sufocadas”, disse.