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Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Nota:
Está notícia, colhida no site do Minicom, está transcrita mais abaixo:
Leia na Fonte: Minicom
[07/02/13]
Governo coloca em debate uso da faixa de 700 megahertz para banda larga
Leia na Fonte:
Minicom
[06/02/13]
MINICOM - Portaria nº 14, de 6 de fevereiro de 2013 ("Espectro de 700 MHz")
Estabelece diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema Brasileiro de
Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T e para a ampliação da disponibilidade de
espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do Programa Nacional
de Banda Larga – PNBL.
O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe confere o
inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição,
CONSIDERANDO o disposto no Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010, que institui
o Programa Nacional de Banda Larga – PNBL, e no Decreto nº 5.820, de 29 de junho
de 2006, que dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão
Digital Terrestre – SBTVD-T;
CONSIDERANDO a necessidade de expansão da infraestrutura dos serviços de
telecomunicações e de radiodifusão no País, com constante adequação à evolução
tecnológica e em harmonia com a busca de maior desenvolvimento social;
CONSIDERANDO os avanços que o SBTVD-T trouxe para a melhoria técnica dos
serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão, bem
como as novas oportunidades de negócios propiciadas pelo referido sistema;
CONSIDERANDO o progresso ocorrido na implantação do SBTVD-T e no desenvolvimento
da banda larga, que vêm promovendo a massificação do acesso a serviços digitais
pela população;
CONSIDERANDO a identificação, na Região 2 da União Internacional de
Telecomunicações – UIT, da Faixa de 698 MHz a 806 MHz para sistemas IMT (International
Mobile Telecommunications);
CONSIDERANDO a importância e a oportunidade de promover a redução do custo e a
ampliação do acesso à banda larga, bem como a aceleração do uso e da cobertura
do SBTVD-T;
RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema Brasileiro
de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T e para a ampliação da disponibilidade
de espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do Programa
Nacional de Banda Larga – PNBL.
Art. 2º Determinar que a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL inicie os
procedimentos administrativos para a verificação da viabilidade da atribuição,
destinação e distribuição da Faixa de 698 MHz a 806 MHz para atendimento dos
objetivos do PNBL.
§1º Nos procedimentos a que se refere o caput a ANATEL deverá:
I - observar a necessidade de eventual disponibilização em outra faixa de
radiofrequência adequada aos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de
retransmissão de televisão os canais necessários para sua prestação, em
tecnologia digital ou analógica;
II - garantir a proteção do serviço de radiodifusão de sons e imagens e de
retransmissão de televisão contra eventuais interferências geradas pelo uso da
Faixa de 698 MHz a 806 MHz para atendimento dos objetivos do PNBL pela adoção de
tecnologias de banda larga móvel de quarta geração;
III – garantir a manutenção da cobertura atual dos serviços de radiodifusão de
sons e imagens e de retransmissão de televisão existentes, conforme Planos
Básicos de Distribuição de Canais de Televisão Digital, de Distribuição de
Canais de Televisão em VHF e UHF, e de Distribuição de Canais de Retransmissão
de Televisão em VHF e UHF; e
IV – considerar a harmonização regional e internacional, de forma adotar arranjo
de frequência que favoreça a convivência em regiões de fronteira e o
aproveitamento de ganhos de escala visando à inclusão digital.
§ 2º Para atendimento ao caput, a Anatel poderá realizar eventuais alterações
dos Planos Básicos de Distribuição de Canais de Televisão Digital, de
Distribuição de Canais de Televisão em VHF e UHF, e de Distribuição de Canais de
Retransmissão de Televisão em VHF e UHF.
Art. 3º Constatada a viabilidade a que se refere o art. 2º, em eventual
licitação da Faixa de 698 MHz a 806 MHz a Anatel considerará os seguintes
princípios:
I – promoção da digitalização dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e
de retransmissão de televisão, dada a importância de se acelerar a implantação
do SBTVD-T;
II – aceleração da cobertura de grandes regiões, zonas de periferia urbana e
áreas remotas, com banda larga móvel de quarta geração;
III – incentivo à ampliação da infraestrutura de transporte de telecomunicações
de alta capacidade em fibra óptica em todo o País, em especial nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
IV – crescimento da demanda de serviços de banda larga móvel por setores de
segurança e de infraestrutura, a expansão da cobertura de serviços em rodovias e
o atendimento aos grandes eventos internacionais, em especial os Jogos Olímpicos
e Paralímpicos;
V – fortalecimento do setor produtivo brasileiro, por meio da aquisição de
competência tecnológica e de capacidade industrial local pelos proponentes; e
VI – Preservação dos estímulos ao desenvolvimento tecnológico, industrial e
comercial relacionadas ao uso das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458
MHz e de 461 MHz a 468 MHz, voltados ao atendimento de áreas rurais e regiões
remotas.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
PAULO BERNARDO SILVA
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Leia na Fonte:
Minicom
[07/02/13]
Governo coloca em debate uso da faixa de 700 megahertz para banda larga
Brasília, 07/02/2013 - Com a publicação hoje no Diário Oficial da União da
Portaria nº 14, o Ministério das Comunicações dá início formal ao debate sobre a
destinação da faixa de 700 megahertz depois da digitalização total do sistema
brasileiro de televisão.
Segundo o ministro Paulo Bernardo, o governo tem dois objetivos estratégicos: o
primeiro é acelerar a digitalização da televisão permitindo antecipar o
cronograma de desligamento total do sinal analógico no país previsto para julho
de 2016; o segundo é intensificar a popularização da banda larga com aumento da
velocidade.
O tráfego IP, ou seja, na internet fixa, destacou Bernardo, é de crescer 8 vezes
até 2016 e a móvel 14 vezes. "Precisamos de via para escoar este tráfego e esta
via é a faixa de 700".
A faixa de 700 megahertz é uma parte nobre do espectro que é hoje ocupada para
transmissão da programação das televisões brasileiras. Com a digitalização,
parte da faixa é desocupada já que a nova tecnologia ocupa metade do espaço hoje
utilizado pelo sistema analógico. Esta faixa poderá ser destinada para a banda
larga em licitação após os debates e estudos.
A portaria determina que a Anatel inicie os procedimentos administrativos para a
discussão sobre a disponibilidade do espectro depois da digitalização. "Estamos
chamando para o debate e esperamos fazer a licitação em fevereiro ou março de
2014", afirmou o ministro.
Bernardo destacou que a intenção do governo com o leilão não terá um "viés de
arrecadação", mas conterá algumas obrigações para as operadoras que vencerem a
licitação: "Nós estamos pensando em promover a universalização da internet no
Brasil e a licitação da faixa de 700 megahertz está nesse contexto".
O ministro citou como uma das obrigações em estudo a exigência de infraestrutura
de fibra ótica que garanta velocidade de pelo menos 10 megabits/s em cerca de
700 a 800 dos maiores municípios brasileiros. "Esses municípios concentram cerca
da metade da população do país e queremos transformar esta velocidade de 10 mega
em algo corriqueiro, que isso seja uma commodity".
Outra obrigação em estudo é o provimento de voz nas principais rodovias
brasileiras. Segundo Paulo Bernardo, esta é uma questão de segurança para a
população e pode ser importante fonte de renda para as concessionárias de
estradas.
Bernardo destacou que o Brasil está em sintonia com o que o resto do mundo está
fazendo nesta questão. "Não estamos atrás nem à frente do resto do mundo e vamos
seguir o padrão internacional do que se faz em conexões de banda larga".
O ministro disse que tudo será feito depois de muito debate e superadas os
questionamentos e dúvidas de todos os setores, seja radiodifusores seja de
telecomunicações. "Ninguém vai ser desalojado e vamos responder a todos os
questionamentos técnicos. Não vamos fazer nada açodado".
Acrescentou que o governo não irá permitir o desligamento do sinal analógico sem
uma grande campanha de esclarecimento da população. "Queremos preservar o
sistema de televisão brasileiro, aberto e gratuito e faremos campanhas e
políticas de incentivo para a substituição dos aparelhos de TV analógicos por
digitais e/ou compra de conversores para captação do sinal digital".