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[07/02/13]  700 MHz: governo não marca leilão, mas promete edital para o final do ano

Em entrevista ao Estado de São Paulo, publicada nesta quinta-feira, 07/02, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, diz que - apesar de não ter a arrecadação como objetivo final - o leilão da faixa - que deverá contemplar quatro operadoras - deverá superar o arrecadado no leilão 2,5GHz, R$ 2,9 bilhões.

Mas não há data ainda definida para o leilão. Ele pode acontecer em 2014 ou mesmo ser postergado para 2015, em função do ritmo de migração da TV digital. Mas o edital, garantiu o ministro, será conhecido entre novembro e dezembro deste ano.

Segundo Paulo Bernardo, como a faixa 'é muito valiosa', ele acredita que o leilão poderá, sim, atrair uma nova operação de telecom para o Brasil. "Elas serão muito bem-vindas", disse. Vale lembrar que nos leilões 3G e 2,5GHz também havia essa expectativa, não atendida no mercado.

Com relação à disputa entre as teles e os radiodifusores - ponto crítico no processo - Bernardo garantiu que haverá uma 'banda de proteção' entre o último canal e o início das operações das teles. A ideia do governo é ocupar com o leilão os canais de 52 a 69. Os radiodifusores serão acomodados nos canais 14 a 51."Há espaço para todo mundo", sustentou o ministro.

Em contrapartida à liberação do 700 MHz, as teles terão de construir anéis ópticos nas regiões metropolitanas. Governo planeja assim oferecer serviços Internet com velocidade de 10 Mbps em cerca de 800 municípios nacionais, os de maior poder aquisitivo e que concentram mais de 100 milhões de habitantes.

A faixa de 700 Mhz é extremamente cobiçada pelas teles porque permitem a transmissão de sinal com até 40 quilômetros de alcance, o que reduz a necessidade de muitas antenas. Já o 2,5GHz- onde as teles vão iniciar a oferta de 4G, a partir de abril deste ano, em função da Copa das Confederações - a cobertura é de no máximo seis quilômetros, o que exige a instalação de muitas antenas - e a Lei para o setor ainda não está regulamentada.