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Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
700MHz: Teles reagem à ideia de custear limpeza para TV digital - Luís
Osvaldo Grossmann
As operadoras de telecomunicações mostraram resistência à ideia de compensar os
radiodifusores pela “limpeza” da faixa de 700 MHz. A questão foi a principal
ponderação dos representantes das empresas e do sindicato nacional do setor
durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 27/3, sobre o tema.
“Não é adequado que os custos da transição da TV analógica para digital sejam
assumidos pelos usuários do SMP”, sustentou o diretor do Sinditelebrasil, Sérgio
Kern. Ele resume a preocupação repetida por representantes das operadoras – Oi e
Telefônica/Vivo frisaram o mesmo ponto – de que ao propor a nova destinação da
faixa de 700 MHz, a Anatel não limitou até onde vai esse custo.
“É importante a discriminação de custos a serem assumidos e os prazos para que
eles aconteçam. Não é adequado considerar que os custos de transição sejam
financiados direta ou indiretamente pelas operadoras”, repetiu o gerente de
processos normativos da Oi, Luiz Catarcione. “Os termos de ressarcimento usam
linguagem muito ampla”, emendou o representante da GSMA, Amadeu Castro.
No geral, as operadoras se queixam diretamente de que a agência tratou a questão
de tal forma no regulamento de destinação da faixa “que cabe até o receptor do
sujeito na cidade tal do interior”, como exemplificou um dos representantes
presentes à audiência. Kern, do Sinditelebrasil, vai além: “ainda não estamos
convencidos de que devemos ressarcir alguma coisa”.
A defesa é para que, pelo menos, a Anatel defina melhor até aonde vão os tais
custos. E ainda, visto que diretamente associado a esse ponto, que sejam
claramente previstos os prazos envolvidos, especialmente a data em que o uso
primário passará à telefonia móvel. “Isso tem implicações nos modelos de
negócios e nas avaliações sobre a participação no leilão”, completa o diretor do
sindicato das teles.