WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 700 MHz --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/03/13]
4G Brasil: Oferta de 700 MHz será reduzida para acomodar TVs - por Luís
Osvaldo Grossmann
O Ministério das Comunicações garante que nenhuma emissora de televisão ficará
de fora da redistribuição de canais com a digitalização e licitação da faixa de
700 MHz, hoje ocupada pela TV aberta. Segundo o ministro Paulo Bernardo, se for
preciso, haverá locais onde será ofertado um pedaço menor do espectro.
“Há técnicos dizendo que cabe todo mundo, há quem diga que não cabe. Uma coisa é
certa, todos os canais existentes serão alojados em UHF. Se tiver lugares mais
difíceis, onde se verificar que não será possível colocar todos, corta-se a
faixa e vende-se menos frequência”, afirmou o ministro.
Ele sustentou que na grande maioria dos municípios do país não existe problema –
a encrenca se daria em cerca de 600 das maiores cidades do país, onde o uso do
espectro já estaria saturado, dificultando a realocação dos canais
digitalizados. É nesses casos que ele indica que no lugar dos 108 MHz – entre as
subfaixas de 698 MHz e 806 MHz – o leilão trará menos espectro.
Na prática, a Anatel vem trabalhando com a licitação de bandas duplex de 45 MHz
– portanto, 90 MHz do espaço supostamente disponível com a digitalização dos
canais. Nesses 45+45 MHz a agência espera abrir espaço para pelo menos quatro
competidores no leilão. Essa perspectiva pode mudar caso seja preciso adotar a
premissa de vender menos espectro.
Paulo Bernardo reagiu ao queixume que dominou a audiência pública sobre a
destinação da faixa realizada na quarta-feira, 27/3, pela Anatel. Como se viu,
grande parte da grita partiu das emissoras públicas, que se consideram
escanteadas nessa discussão.
As reclamações tinham suas razões, visto que técnicos da Anatel indicaram que
não haveria como acomodar todos os pretendentes. A Superintendência de
Comunicação de Massa da agência explicou na audiência que ainda não fora
encontrada viabilidade técnica para superar impasses em alguns locais. Não por
menos o regulador jogou a responsabilidade para uma decisão política do Minicom.
Vale lembrar que não foi a primeira vez que o ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo, falou em reduzir a venda da faixa de frequência. Em fevereiro, em
evento na Oi no Rio de Janeiro, o ministro já tinha rebatido a possibilidade de
'tela preta' na TV em função do 4G. "Vamos vender menos para as teles onde há
problema. Não vai haver interferências nem ruídos. A maior parte da faixa está
deserta no Brasil",sustentou à época.
VHF
As queixas da audiência pública também ecoaram mal na possibilidade de se usar
parte do espectro de VHF – no caso, dos canais 7 a 13 – para acomodar emissoras,
notadamente canais de televisões públicas como EBC, TV Senado e TV Câmara.
No Minicom a posição é de que essa solução não existe na prática – apenas estão
sendo realizados testes para verificar a viabilidade de transmissões de TV para
celulares/smartphones. Se for viável a mobilidade da TV digital nessa faixa,
será dada a opção para as emissoras que quiserem.