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Fonte: Convergência Digital
[19/11/13]
Exército quer padronizar comunicações de Estado em 700MHz - por Luís Osvaldo
Grossmann
Contemplado pela Anatel na destinação da faixa de 700 MHz, o Exército queria um
naco maior do espectro, mas a principal preocupação é em estabelecer uma solução
unificada de comunicações para os órgãos de defesa, segurança e fiscalização.
Segundo o chefe do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica, general Antonino
dos Santos Guerra, hoje impera o desarranjo. “Fazemos operações de fronteira que
reúnem até 42 agências do Estado. É uma confusão. Ninguém fala com ninguém, não
há interoperabilidade e o resultado é aquém do potencial.”
Santos Guerra é defensor do uso da faixa de 700 MHz em busca dessa
interoperabilidade. “Propomos um modelo de operação de todos os serviços de
segurança, defesa e fiscalização operando em regime de condomínio. Da maneira
colocada, é de todos e não é de ninguém. É preciso que se organizem.”
O efeito de redução de custos seria óbvio, diz o general. “No Distrito Federal,
oito estações repetidoras poderiam cobrir. Como não houve integração, ao término
da Copa do Mundo vamos ter umas 60 estações. Cada um montou seu próprio sistema.
Não há interoperabilidade, há desperdício”, avalia.
A Anatel desenhou o uso da faixa de 700 MHz e ouviu os apelos que o próprio
Santos Guerra, além de órgãos como as polícias civis, faz há mais de um ano. A
previsão é de que uma fatia de 5+5 MHz fique para ‘segurança pública, defesa
nacional e infraestrutura’.
Na prática, o Exército gostaria propagar a solução que já conhece. Desde 2011, o
CCOMGEX usa um sistema desenvolvido pela Motorola Solutions de rede LTE em 700
MHz e advoga seu uso. De olho no potencial para além da tropa, a fabricante
apostou US$ 2 milhões para montar esse ‘projeto-piloto’.