WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 700 MHz --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na
Fonte: Teletime
[15/10/13]
TIM vê com cautela leilão de 700 MHz em 2014 - por Samuel Possebon
A TIM ainda vê com cautela o leilão de 700 MHz marcado para 2014. Segundo
entrevista de Rodrigo Abreu, presidente da operadora, à Revista TELETIME de
outubro, que circula a partir da próxima semana, ainda que a faixa de 700 MHz
seja importante para a cobertura das operadoras, ainda há muitas incertezas
sobre o leilão. O aspecto que ele destaca como mais relevante são as condições
de limpeza do espectro, hoje ocupado pelas empresas de radiodifusão. "Se no caso
do MMDS já deu toda essa confusão, no caso do broadcast a questão é muito mais
complexa, tem muito mais elementos em jogo, pode-se buscar, ou não, incentivos à
digitalização da radiodifusão... O custo de limpar a faixa não pode ser maior do
que o custo do espectro. A limpeza precisa ser pré-definida e regulada, ou os
dois setores vão ter problemas", disse Abreu.
A confusão no MMDS a que ele se refere são as ações judiciais movidas pelas
operadoras móveis TIM e Claro contra as condições arbitradas pela Anatel. A TIM
optou por pagar o devido aos pequenos operadores de MMDS, mas no caso das
empresas que já tinham a faixa de 2,5 GHz e decidiram participar do leilão de
4G, a operadora questionou porque entende que não é correto usar a mesma
metodologia de compensação considerando que os grupos abriram mão da faixa para
competir no leilão.
Obrigações
Outro aspecto de insegurança da TIM com relação ao leilão diz respeito às
obrigações que serão colocadas pela Anatel e à modelagem econômica que a agência
usará para calcular o valor do espectro. "O ideal é que já haja um mecanismo que
alinhe e sincronize as obrigações já existentes, mas isso não é simples de
fazer. E há ainda um outro elemento, que é o modelo de custos dessas obrigações,
que tem que considerar a infraestrutura e o modelo de receita. O fato de eu ter
a faixa de 2,5 GHz e a faixa de 700 MHz não significa que eu vou ter acesso a
dois públicos, vou comercializar dois serviços e vou ter duas receitas
diferentes. O cliente é o mesmo qualquer que seja a tecnologia", disse Abreu.
Ele também é cético em relação à entrada de um novo player no mercado apenas por
meio da licitação de 4G. "As dificuldades de começar do zero, sem base, só com
4G, são gigantes. Parece uma equação difícil de fechar", disse.