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Leia na Fonte: Convergência Digital
[30/09/13]
700 MHz: Governo já fala em leilão em junho de 2014
Até o fim do primeiro semestre de 2014, o ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo, espera fazer o leilão de concessão da frequência de 700 megahertz (Mhz).
“Nós estamos falando em abril. Mas sempre pode ter uma demora por causa da
consulta pública”, disse o ministro nesta segunda-feira, 30/09, durante evento
na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Bernardo admitiu que o governo pretende antecipar as metas da internet banda
larga 3G e 4G. “A nossa ideia é, no [no edital do] leilão de 700 Mhz, colocar
mais uma série de metas, inclusive a antecipação do 3G”. Isso deverá ocorrer nos
municípios do interior que ainda não tenham esse serviço. Além disso, o
ministério quer aproveitar para conectar todas as cidades com linhas de fibra
óptica. A meta de universalização da internet 3G é 2017. “Mas nós podemos
antecipar um ano, um ano e meio”, declarou o ministro das Comunicações. Para 4G,
a meta permanece sendo 2019. Nessa, disse que “não vamos mexer”.
A frequência de 700 Mhz está sendo trabalhada com mais cuidado porque, hoje, ela
é usada por televisão, setor de grande penetração e força política, presente em
97% dos domicílios brasileiros, disse o ministro. “Mais uma vez, o foco vai ser
voltado para a implantação de infraestrutura”. Com a obrigação de antecipação do
3G, o atendimento será feito no Brasil inteiro em 2014 ou 2015. Pelos cálculos
do ministro, cerca de 1,5 mil municípios não contam com rede de fibra óptica e
em 200, localizados em plena Floresta Amazônica e em outros locais de difícil
acesso, o serviço não deverá chegar nunca. Terão de ser cobertos por satélite.
Lembrou ainda que quando foi feita a licitação para a internet de banda larga
4G, as empresas vencedoras levaram a obrigação de fazer telefonia e internet na
área rural. O ministro admitiu que poderão vir a ser incluídas metas exclusivas
para empresas nos serviços de banda larga, em atendimento a pleito formulado
pela Firjan. Embora isso não tenha sido o foco do ministério, ele disse que está
aberto a discutir e examinar a questão. “Combinamos de ter uma conversa lá em
Brasília para entender melhor e ajudar. Não temos problema algum com isso”.
Segundo o ministro, o serviço de telecomunicações, englobando telefonia e
internet de banda larga, é hoje “absolutamente imprescindível”. Reconheceu que o
Brasil ainda precisa avançar muito nesse campo e frisou que a meta principal no
país, no momento, é garantir o acesso domiciliar. A meta é atingir, até o final
de 2014, 70% dos domicílios brasileiros, o que representa cerca de 42 milhões ou
44 milhões de casas.
O ministro destacou outra questão importante, que se refere à chamada “guerra
dos postes”, ou seja, a disputa pela ocupação, no espaço urbano, para usar a
infraestrutura disponível. “As empresas passam um cabo novo, desativam o cabo
anterior, mas deixam ali para guardar lugar, para inibir a competição e o
direito de passagem”. O Ministério das Comunicações está fazendo um regulamento
em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para uso dos postes em todo o país.
O regulamento definirá que uma empresa ou grupo só vai poder ter um ponto no
poste. “E o preço terá de ser isonômico”, disse Bernardo. Isso é importante,
disse, porque vai fazer avançar a competição no setor de telecomunicações. A
consulta pública já foi concluída e o ministro acredita que até o final do ano o
problema estará resolvido.
Fonte: Agência Brasil