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Leia na Fonte: Convergência Digital
[01/08/14]
700 Mhz: TIM reclama do prazo de carência para uso da faixa - por Ana Paula
Lobo
A TIM já tem a sua estratégia desenhada para participar do leilão 4G, em 700 Mhz,
programado pelo governo para acontecer em setembro, mas tem uma preocupação já
encaminhada à Anatel: o prazo de carência para a limpeza da faixa pelos
radiodifusores é considerado muito longo.
“Os 12 meses estipulados podem ser reduzidos de forma significativa. A oferta de
dados é relevante nessa faixa de 700 Mhz. Não há razão para esperar tanto pela
limpeza”, sustentou Rodrigo Abreu, em teleconferência para a divulgação dos
resultados do segundo trimestre, realizada nesta sexta-feira, 01/08.
Recentemente a Anatel definiu uma “carência” de 12 meses entre o desligamento da
TV analógica e as operações de 4G, que será maior em São Paulo e Rio de Janeiro.
Até aqui, o uso da faixa de 700 MHz para prestação de SMP poderá acontecer após
12 meses da data prevista para desligamento das transmissões analógicas de TV.
Essas datas já foram divulgadas pelo Ministério da Comunicações.
Mas no caso específico de São Paulo e Rio, o uso da faixa só poderá ocorrer um
ano depois do desligamento “em todo o respectivo estado”. A situação do Rio de
Janeiro é semelhante. O desligamento na capital será em 27 de novembro de 2016,
mas o interior do estado só terá switch off quase um ano depois, em outubro de
2017. Ou seja, por conta dessa “carência”, as operadoras móveis só poderão
realizar oferta de serviços em 700 MHz para os cariocas em outubro de 2018.
Resultados
O lucro da TIM Participações teve queda de 5,2% de abril a junho na comparação
anual, com receitas sofrendo impacto da redução da atividade econômica durante o
mês da Copa do Mundo. A empresa que teve lucro líquido de 365,6 milhões de reais
no trimestre, frente a 385,5 milhões de reais em igual período de 2013.
Em seis meses, o lucro da TIM subiu 6,7%, para 737,7 milhões de reais,
"resultado saudável em ambiente que segue apresentando desafios ligados à
competição e menor crescimento do setor", disse a empresa em relatório de
resultados. A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 8% no segundo
trimestre, para 1,33 bilhão de reais.
A receita líquida total somou 4,77 bilhões de reais, uma queda de 3,4 por cento
em relação ao segundo trimestre do ano passado. A receita líquida de serviços,
somente, teve variação negativa de 2%, para 3,9 bilhões de reais. Segundo a
companhia, a receita sofreu efeito da queda de tráfego devido ao número reduzido
de dias úteis em junho por conta dos jogos do Mundial.
A receita bruta de serviços de valor agregado, no entanto, subiu 22,2% no ano a
ano, devido ao aumento dos usuários de dados, disse a TIM. A base total de
assinantes ficou em 74,2 milhões de linhas, alta de 2,8 por cento em 12 meses,
abaixo do crescimento de 3,8 por cento do mercado brasileiro. A quantidade de
clientes pós-pagos cresceu 7,4 por cento, e chegou a 12,2 milhões.
A base da TIM com aparelhos 3G encerrou o segundo trimestre com 30,2 milhões de
usuários, aumento de 76,5 por cento na comparação anual, com participação de
mercado de 25,52 por cento. A base de usuários de banda larga Live TIM, por sua
vez, chegou a 100 mil, com adição de 20,2 mil novos clientes.
A receita média por usuário (ARPU) atingiu 17,3 reais no período, queda de 4,5
por cento sobre um ano antes, devido à redução da VU-M, taxa de interconexão
cobrada pelas operadoras de telefonia móvel de operadoras fixas.
Os custos e as despesas operacionais totalizaram 3,4 bilhões de reais no
trimestre, queda de 7,2 por cento no ano a ano. Os investimentos da TIM no
segundo trimestre totalizaram 1,04 bilhão de reais, redução de 7 por cento em
relação ao segundo trimestre de 2013. No semestre, foram investidos 1,66 bilhão
de reais, sendo 94 por cento desse total dedicados à infraestrutura.
A dívida bruta somava 6,36 bilhões de reais no fim de junho, incluindo o
primeiro desembolso no total de 1,75 bilhão de reais realizado pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar a financiar
os investimentos de 2014 a 2015.