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Fonte: Teletime
[15/08/14]
Anatel muda edital de 700 MHz para dar mais independência à EAD - por Samuel
Possebon
A Anatel promoveu nesta sexta, dia 15, por meio de circuito deliberativo do seu
Conselho Diretor, mudanças no edital da faixa de 700 MHz, que já havia sido
aprovado pelo conselho da agência. As adaptações foram feitas para atender a uma
série de questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), e deverão ser
entregues ao Tribunal na próxima segunda, 18. Não há, contudo, certeza de que o
edital poderá ser publicado, porque o TCU ainda precisa votar em Plenário a
cautelar do ministro Benjamin Zymler. Existem dúvidas jurídicas se a cautelar
poderia ser suspensa mesmo que a Anatel tenha feitos os ajustes satisfatórios, e
é improvável que na próxima semana o Plenário do Tribunal possa se reunir.
Segundo fontes ouvidas por este noticiário, há mudanças em relação à forma de
pagamento e às garantias. Mas as principais mudanças dizem respeito à forma como
o custo de ressarcimento pela limpeza do espectro e mitigação da interferência
nas transmissões de TV digital serão descontados do valor pago pelas outorgas e,
sobretudo, ao processo de funcionamento do Grupo de Implantação do Processo de
Redistribuição e Digitalização dos Canais de TV e RTV (GIRED) e da entidade
Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização dos Canais de TV e
RTV (EAD).
Esta é a principal inovação do edital, e o item que mais causou desconforto ao
TCU. A EAD é uma entidade privada que administrará os recursos necessários à
limpeza do espectro e mitigação das interferências, recursos estes provenientes
das empresas de telecomunicações, mas que são descontados do valor final da
licitação. As mudanças aprovadas pela Anatel, segundo fontes, visam deixar claro
que a agência e o governo não terão nenhum poder de interferir na atuação da EAD,
exceto naquilo que for estritamente de caráter regulatório. Ou seja, o GIRED não
deve mais atuar como um coordenador dos trabalhos da EAD, mas apenas acompanhar
o que é feito. Essa mudança visa deixar claro que a EAD não é uma entidade
pública e que não está, portanto, submetida à interferência governamental nem à
fiscalização do governo em nada que não seja de aspecto regulatório ou previsto
no edital.