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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[25/08/14]
Para presidente da Telefônica Vivo, preparação para leilão de 700 MHz é “cem
vezes mais complexa” - por Rafael Bucco
Antonio Carlos Valente comparou trabalho prévio, e posterior, ao do edital de
2,5GHz. Segundo ele, há ainda diferenças entre teles e radiodifusores, mas as
divergências vão ser superadas.
Sem dizer categoricamente que vai entrar na disputa, Antonio Carlos Valente,
presidente da Telefônica-Vivo, disse que a operadora vem se preparando desde o
ano passado para este edital. Ele também afirma que o leilão da faixa de 700 MHz
é “cem vezes mais complexo” do que foi o da faixa de 2,5 GHz.
A complexidade a que se refere veio antes, e virá depois que cair o martelo.
“Criamos um grupo técnico, envolvendo áreas estratégicas, de engenharia,
comerciais. Contratamos um consultor para nos auxiliar, contratamos uma empresa
especializada em gestão de espectro para nos ajudar”, diz. A empresa a que se
refere é o CPqD, contratada em regime de exclusividade.
Segundo Valente, os desafios abrangem a gestão futura da faixa de frequência,
uma vez que o edital prevê a criação de entidades para cuidar da limpeza da
faixa e da qualidade dos serviços entregues. “Ao contrário de outros países, que
desligaram primeiro [a TV analógica] e leiloaram [o espectro] depois, nós vamos
leiloar para desligar depois”, disse.
Ele ressaltou que as empresas vão comprar um ativo antes que ele esteja de fato
disponível, e serão responsável por torná-lo propício à exploração comercial. “A
gente terá que construir entidades gerenciadoras. A EAD e o Gired, que eu acho
uma solução criativa, não utilizada em outros países, mas que pode ser uma boa
resposta a todas essas complexidades e dificuldades que vamos encontrar”, falou.
O maior desafio das entidades, nas quais terão assento teles, radiodifusores e
governo, é chegar a um consenso sobre as medidas para fazer a limpeza da faixa.
Mas Valente prefere não se comprometer. “As divergências serão superadas. Esse
pode ser um grande projeto, de aproximação de interesse do setor de
telecomunicações e radiodifusão”, falou. Para ele, a iniciativa pode originar
projetos em comum.
“A gente começa a desenvolver soluções em conjunto de veiculação de conteúdos,
uso de infraestrutura de forma compartilhada, e eu vejo isso como uma
necessidade imperiosa. Estamos sob as mesmas ameaças, temos procurado as mesmas
soluções, e por isso, precisamos trabalhar juntos”, concluiu. Valente participou
de painel hoje (25) no SET Expo, feira e congresso sobre broadcasting que
acontece em São Paulo até a próxima quarta-feira (27).