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Leia na Fonte: Telcomp
[26/08/14]  Compartilhamento de torres aparece como opção para acelerar limpeza do 700 MHz

O compartilhamento de torres aparece como opção para mitigar os custos e acelerar a ‘limpeza’ da faixa 700 Mhz. A proposta foi colocada à mesa pelo conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, durante painel realizado nesta segunda-feira, 25/08, na SET Expo, na capital paulista.

A ideia de compartilhar torres está associada ao custo da limpeza de faixa para a cessão de frequência para a oferta da banda larga móvel. Em painel sobre o edital 700 MHz – contestado pelos radiodifusores por conta do valor destinado à limpeza- R$ 3,6 bilhões, quantia considerada ‘insuficiente’ pela Abert, executivos do setor e o presidente da Telefônica buscaram um tom de conciliação, mas nas entrelinhas ficou evidente que há muitas arestas para serem aparadas.

E toda a parte de negociação desembocará no Gired, grupo que vai reunir radiodifusores, teles e governo para tratar, estrategicamente, do modelo de migração da faixa. A EAD será uma empresa privada, controlada pelas teles vencedoras da licitação. O Gired, grupo de trabalho estipulado pelo edital, deverá começar a trabalhar somente em 2015.

O presidente da Telefônica Vivo, Antonio Carlos Valente, deixou aberta a possibilidade ao falar que a ideia pode permitir superar as divergências. “O edital de 700 MHz é um grande projeto que une radiodifusão e telecomunicações. Projetos em comum podem surgir e precisamos tentar trabalhar em conjunto”, pontuou Valente.

O conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, lembrou que as teles também resistiam ao compartilhamento até perceberem que ativos físicos não são o diferencial de negócios. Hoje a maior parte das antenas, por exemplo, já foi vendida para empresas especializadas. “Compartilhar é uma saída imperiosa para todos”, sustentou.

Já Walter Ceneviva, do grupo Band, foi mais comedido. Ele bateu na tecla que os radiodifusores, por essência do negócio, não compartilham suas infraestruturas. “Nós, radiodifusores, não sabemos compartilhar. Basta olharmos as antenas na Avenida Paulista. Teríamos que fazer esse exercício”, sinalizou. Mais uma missão para o Gired, que será formado por um grupo equivalente de radiodifusores e operadoras, além de representantes da Anatel e governo.