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Leia na Fonte: Convergência Digital
[05/12/14]
Governo recebe R$ 5 bi e diz que 700 MHz “saiu barato” - por Luís Osvaldo
Grossmann
As operadoras móveis Claro, Tim, Vivo e Algar (CTBC) firmaram nesta sexta, 5/12,
os termos de uso da faixa de 700 MHz, confirmando o pagamento de aproximadamente
R$ 5,07 bilhões pelas outorgas. Para o Ministério das Comunicações, que festejou
o ingresso ao Tesouro ainda no ano fiscal de 2014, foi pouco pelo potencial
dessa fatia da radiofrequência.
“Aposto que nos quatro anos o 4G será a modalidade predominante de banda larga
no país. Quem tiver condição vai optar pelo 4G e o 700 MHz é o filé mignon para
prestar o serviço. As empresas sabem disso e na verdade pagaram barato pela
faixa”, afirmou o ministro Paulo Bernardo durante o ato de assinatura dos termos
na Anatel.
Vale lembrar que o governo tinha a expectativa de faturar entre R$ 7 bilhões e
R$ 8 bilhões com a licitação da faixa, mas teve os planos parcialmente
frustrados com a desistência da Oi - que amarga uma dívida de R$ 46 bilhões - de
participar da disputa. A paranaense Sercomtel também não participou.
As quatro operadoras que participaram ainda devem questionar na Justiça parte do
valor cobrado pela agência. Elas discordam da inclusão de créditos tributários
na conta sobre a parcela devida pela “limpeza” da faixa, que gerou um “extra” de
R$ 62 milhões para cada uma das maiores, Claro, Tim e Vivo, e outros R$ 2
milhões para a Algar (CTBC).
A Claro foi a única a pagar a conta integral cobrada pela Anatel, mas também foi
a primeira a apresentar a ação contra esse “adicional”. Tim e Vivo devem propor
ações nos próximos dias. E segundo o diretor-presidente da Algar, Sebastião de
Souza, “a decisão será tomada nos próximos 30 dias”.
Mas a sexta foi principalmente de loas ao “sucesso” do leilão. Os principais
executivos das teles foram pessoalmente à agência assinar os termos de uso.
“Estamos alinhados com a politica pública da presidenta Dilma de fazer crescer a
infraestrutura nos próximos anos”, destacou o presidente da Claro, Carlos
Zenteno.
“A sociedade brasileira pode ficar tranquila de que serão preservados os
direitos de quem recebe os sinais de televisão e dos radiodifusores, e por outro
faremos esse processo o mais célere possível para que aqueles que ainda não tem
possam contar com serviços de quarta geração”, emendou o presidente da
Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente.