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Fonte: Diário da Manhã
[18/01/14]
TV e rede móvel sem interferência
Estudo apresenta opções de diminuição dos problemas entre novos sistemas de
telefonia móvel a ser implantados no Brasil e o ISDB-T já existente
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), recentemente tomou a decisão de
atribuir o Dividendo Digital para os serviços móveis e adotar o plano de
canalização da Ásia-Pacífico (APT) para a faixa de 700 MHz, o que liberaria a
faixa para os novos serviços móveis LTE. As previsões indicam que a utilização
da faixa de 700 MHz para a banda larga móvel gerará substanciais benefícios
socioeconômicos para o Brasil, contribuindo com um adicional de US$ 1,4 bilhão
para o PIB, criando mais de 4.300 oportunidades de emprego e gerando receitas
fiscais adicionais de US$ 1,3 bilhão até 2020.
A GSMA anunciou na última sexta-feira, em Londres na Inglaterra, resultados de
um novo estudo que analisa formas de suavizar a interferência entre os novos
sinais da rede móvel LTE e os serviços de televisão existentes e planejados. A
responsável pela pesquisa foi a TDI que é especializada em ferramentas de
software, soluções de software sob medida, componentes para softwares e
consultoria. É também especializada em planejamento de rádio, modelagem,
mensuração e gestão de espectro para todas as tecnologias de rádio.
“As operadoras móveis querem trabalhar em estreita colaboração com a Anatel e a
comunidade de radiodifusão, para entender qual a melhor forma de coexistência
entre seus respectivos serviços, e garantir uma experiência de ótimo nível em
LTE e televisão para a população brasileira”, disse o diretor-chefe para a Área
Regulatória da GSMA, Tom Phillips. “Por meio de uma rigorosa modelagem, o estudo
mostra que um cuidadoso planejamento do uso do espectro pode mitigar o potencial
de interferência entre serviços móveis e de radiodifusão que operem mais
próximos um do outro”.
O estudo focalizou as cidades de Brasília, Campinas e São Paulo, pois elas
provavelmente serão algumas das áreas onde uma interferência na recepção de
sinais de televisão e de serviços móveis poderá apresentar maiores problemas.
Virtuais interferências deverão ser menos agudas em outras áreas e, portanto,
mais fáceis de abrandar. A compatibilidade com os sinais de televisão analógica
também foi incluída no estudo, devido aos planos de longo prazo previstos em
relação à conversão para o sinal digital.
Como a televisão digital no Brasil usa a tecnologia ISDB-T – sistema de TV
digital usado no Brasil, com capacidade de atender a equipamentos portáteis,
permitindo que o público assistisse TV, por exemplo, em celulares –, esse estudo
também é relevante para outros mercados, incluindo Chile, Costa Rica e Equador,
onde o Dividendo Digital foi atribuído para redes móveis. Embora o estudo não
tenha sido projetado para prescrever uma solução única e específica, ele oferece
um ponto de vista objetivo a partir do qual as operadoras móveis e empresas de
radiodifusão poderão basear suas decisões para reduzir a interferência entre
seus sistemas.
Principais conclusões
A população afetada é geralmente pequena, e pode ser reduzida aplicando-se as
devidas técnicas de atenuação nas áreas com potencial de interferência. Por
exemplo, em Brasília e Campinas, a população afetada seria menor que 10 mil
pessoas, e por meio da mitigação o problema poderia ser praticamente eliminado.
A aplicação de filtros para os transmissores de sinais de TV ISDB-T – digital –
e para as estações de base LTE – móvel – poderia ajudar a reduzir
significativamente a probabilidade de saturação e de interferência fora da
faixa.
É baixa a probabilidade de interferência de dispositivos LTE, tais como
smartphones e tablets, com o sistema de TV ISDB-T por meio de saturação e também
de interferência fora da faixa. Adotar planos que evitem emissões de alta
potência nos canais superiores de televisão (especialmente os canais 48-51)
permitirá a coexistência, pois o potencial de interferência é mais acentuado
onde a separação de frequências entre ISDB-T e LTE é mais baixa.
A GSMA
A GSMA representa os interesses de operadoras móveis de todo o mundo. Cobrindo
mais de 220 países, une aproximadamente 800 operadoras móveis do mundo todo. São
250 empresas do ecossistema móvel mais amplo, incluindo fabricantes de
dispositivos e aparelhos portáteis, empresas de software, fornecedores de
equipamentos e empresas de internet, assim como organizações de setores como
serviços financeiros, serviços de saúde, mídia, transporte e serviços públicos.