WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 700 MHz --> Índice de artigos e notícias --> 2014
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na
Fonte: Tele.Síntese
[04/06/14]
Teles querem que prazo da outorga da faixa de 700 MHz comece a contar após a
limpeza - por Lúcia Berbert
Reivindicações apresentadas pelo SindiTelebrasil na consulta pública também
incluem o uso dos recursos dos fundos setoriais para ressarcimento dos
radiodifusores
O SindiTelebrasil, entidade que reúne as operadoras móveis e fixas, elencou uma
série de reivindicações à Anatel e ao Ministério das Comunicações, em sua
contribuição à consulta pública da proposta de edital da faixa de 700 MHz. Entre
elas, a de que o direito de uso da radiofrequência seja condicionado à liberação
da faixa, ou seja, contados os 15 anos a partir da autorização para uso da
respectiva frequência, permitindo o integral aproveitamento do tempo de
exploração da outorga. O receio das teles é com relação à liberação da faixa nos
principais mercados, como o de São Paulo, que necessitará do desligamento do
sinal analógico em todo o estado, como admite a própria agência.
Outro pedido da entidade é de que os recursos dos fundos setoriais (Fust e
Fistel, por exemplo) sejam usados na limpeza da faixa. Mais do que isso, que o
governo arque com a diferença a ser aportada para a limpeza do espectro, caso
não sejam vendidos todos os lotes ou se os valores estabelecidos antecipadamente
não sejam suficientes, para que não ocorram atrasos no cronograma de liberação
do espectro adquirido. “A incerteza associada a um eventual cenário de não
disponibilidade do espectro no cronograma estabelecido à época da licitação não
pode ser assumido unicamente pelos prestadores de telecomunicações”, argumenta a
entidade.
O SindiTelebrasil praticamente tenta empurrar a data de realização do leilão
para depois de agosto, o que poderia inviabilizar o certame, já que este é um
ano eleitoral. A entidade pede que seja publicado o Plano de Digitalização em
tempo suficiente (mínimo de 60 dias em relação à data de licitação) para que os
prazos para liberação da faixa sejam tratados nos planos de negócio em
elaboração pelas empresas e constem na determinação do VPL do preço mínimo, bem
como sejam avaliados à luz dos possíveis impactos que podem causar para o
atendimento da população rural. Esse cronograma ainda está em elaboração pelo
Ministério das Comunicações e, segundo informações do ministro Paulo Bernardo,
não sai antes do final deste mês.
Outras reivindicações elencadas são: que seja franqueado acesso ao público em
geral os estudos da agência que balizarão o plano de negócios que suportará o
edital de uso da faixa de 700 MHz, já que são fundamentais para a avaliação da
viabilidade econômico-financeira pelo interessado proponente; que as condições
de contratação da EAD [entidade independente que ficará responsável pelas ações
de mitigação] sejam esclarecidas antes da publicação do edital de licitação,
para que questões como governança, delimitação de atuação da EAD e desembolsos
previstos para o custeio da entidade sejam discutidos de forma transparente.
E ainda: que explicite não somente sobre os períodos estendidos para cumprimento
dos compromissos do Edital do 2,5 GHz, mas também que adapte o texto para que,
tendo em vista o já atual compromisso assinado pelas operadoras, as cidades com
menos de 30 mil habitantes continuem a contar com a possibilidade de cobertura
com velocidade equivalente ao 3G, e não superior como sugere nova redação. “O
SindiTelebrasil considera que a imposição de condições no âmbito de licitações
para outorga do uso de radiofrequências deve ser balizada pela garantia de
sustentabilidade econômica das operações e de estímulo aos investimentos”,
ressaltou a entidade, que também reclamou do prazo exíguo da consulta pública,
afirmando o prejuízo para as contribuições do setor.