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[28/05/14]  Para presidente da Telecom Italia, 700 MHz exagera custos com interferência - por Luís Osvaldo Grossmann

As operadoras móveis seguem preocupadas com o tamanho dos custos a serem assumidos a partir da licitação da faixa de 700 MHz. O lamento, comum nesse período preparatório do leilão, ganhou reforço nesta quarta, 28/5, do presidente da Telecom Italia, Marco Patuano.

“O 4G na Europa já é uma realidade e a experiência de implantação demonstrou que o nível de interferência é menor do que imaginávamos que seria o efeito real. Entendemos que podemos fazer mais progressos de forma que os custos que serão cobertos sejam proporcionais ao problema real”, afirmou o executivo ao deixar uma reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Em essência, é o principal argumento que vem sendo repetido pela própria Anatel para manter a realização do leilão no fim de agosto – apesar de certas queixas tanto de teles como emissoras de tevê de que ainda não há total segurança sobre como resolver os problemas de interferência do 4G na TV Digital.

Ao lado do presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, o chefe da matriz italiana insistiu que o risco, apesar desse posicionamento da agência, é de a Anatel adotar uma cautela maior que a necessária, o que seria materializado na fixação de um valor muito superior ao que será necessário para evitar ou mitigar as interferências.

“Não tem que chutar alto, mas adotar uma solução prática. Vamos fazer uma coisa mais progressiva”, defendeu. Sem entrar em detalhes, Patuano afirmou que a TIM vai apresentar, ainda durante a consulta pública do edital dos 700 MHz, uma proposta para essa “solução progressiva”. Mas deixou o encontro com Paulo Bernardo otimista. “O ministro é uma pessoa muito prática”, concluiu.