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Fonte: Tele.Síntese
[26/03/14]
Leilão da 700 MHz: Anatel ainda não desistiu da cobertura das estradas federais
- por Lia Ribeiro Dias
Esta é a única contrapartida que continua a ser considerada. O edital do leilão
será lançado para consulta pública em meados de abril
Apesar da pressão do Ministério da Fazenda para que a Anatel elimine do edital
do leilão da faixa de 700 MHz qualquer contrapartida de qualidade ou o que quer
que seja para poder elevar o preço mínimo, ainda tem gente na agência que não
jogou a toalha. A única contrapartida que continua a ser considerada é a
obrigatoriedade de cobertura, pelos vencedores do leilão, das estradas federais.
Mas essa questão, assim como o preço mínimo, ainda precisam do aval do TCU.
A proposta de edital já está na Procuradoria da agência. Trata-se de um texto
enxuto, que trará um anexo com os radiodifusores, e as cidades onde atuam, que
terão que ser deslocados dos atuais canais que ocupam na faixa de 700 MHz (do 52
ao 69) para outras faixas de frequência e qual vai ser o valor desse
deslocamento. O pagamento desses valores, assim como a compra de equipamentos
para usuários (filtros) para mitigar a interferência da telefonia celular 4G na
TV digital, será realizado pela entidade a ser criada para administrar esse
processo. Na entidade estarão representados os setores de radiodifusão e
telecomunicações.
Os valores do deslocamento de emissoras para outros canais assim como a compra
dos filtros serão pagos pelas operadoras que comprarem as faixas de frequência
do leilão da 700 MHz. A estimativa de técnicos da Anatel é de que esses valores
deverão somar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões, e estão incluídos no valor
total do preço mínimo, que deverá girar em torno de R$ 12 bilhões.