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Leia na Fonte: O Globo
[18/09/14]
Anatel rejeita a maior parte dos pedidos de impugnação do edital da faixa 700
MHz - por por Mônica Tavares
A agência reguladora negou qualquer mudança na forma de pagamento das outorgas
BRASÍLIA - A diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) rejeitou
praticamente todos os pedidos de impugnação de itens do edital da faixa de 700
megahertz - banda larga 4G. Somente foi aceita a proposta do Itaú Seguros
Soluções Corporativas S.A que trata de garantia de seguros. Os demais pedidos
negados foram apresentados pelas operadoras de telefonia móvel Claro, TIM, Vivo
e Oi; pela Associação das Operadoras de MMDS; Nortv Telecomunicações; Itaú
Seguros Soluções Corporativas S.A., e Swiss Re Corporate Solutions Brasil
Seguros S.A.
O presidente da Anatel, João Rezende, disse que a mudança no manual que trata de
seguros não vai alterar o calendário da licitação, por não ter um impacto
significativo no edital. A entrega das propostas e dos documentos de habilitação
está marcada para a próxima terça-feira dia 23 e o leilão no dia 30. O preço
mínimo das outorgas é de R$ 7,7 bilhões.
A mudança no manual de instruções adequada o edital as regras da Susep,
aumentando de 10 dias para 30 dias o prazo de resgate do seguro. Além disso,
esclarece outros itens sobre resseguros.
O relator do processos na Agência, Igor Villas Boas, disse que os pedidos de
impugnação trataram do cronograma de desocupação da faixa de frequência
atualmente utilizada pela radiodifusão e o início da exploração comercial do
serviço de 4G; as condições de pagamento das outorgas, à vista e parcelado; e
sobre a legalidade de criação da entidade administradora (EAD) e do Grupo de
Implantação do Processo de Redistribuição (Gired), entre outros.
Ao rejeitar o item relacionado ao cronograma de desocupação da faixa de
frequência, o diretor explicou que foi estabelecido pelo Poder Executivo, e que
todas as condicionantes foram analisados para calcular o preço mínimo, e
considerado adequado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A Anatel também negou qualquer mudança na forma de pagamento das outorgas.
Algumas empresas queriam redução de correção monetária quando o pagamento fosse
feito em outras condições. Para Igor Villas Boas cabe a empresa estabelecer a
melhor forma de realizar o seu pagamento. O edital estabelece que o pagamento da
outorga poderá ser feito de uma só vez, ou dividido, sendo 10% no ato de
assinatura e o restante em seis parcelas sendo a primeira em 36 meses; 48 meses;
60 meses; 72 meses; 84 meses; e a última em 96 meses. As parcelas serão
corrigidas pelo IGP-DI mais juros de 1% ao mês.
No último dia 12, a Anatel publicou uma série de esclarecimentos sobre o leilão
aos principais grupos interessados em participar do leilão e também aos
radiodifusores. A expectativa era de que as informações técnicas resolvessem
várias das preocupações das empresas.