WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 700 MHz --> Índice de artigos e notícias --> 2014
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na
Fonte: G1
[23/09/14]
Apenas 4 empresas devem participar do novo leilão do 4G. Oi informou que não vai
participar do leilão, marcado para 30 de setembro - por Fábio Amato
Representantes das operadoras Claro, Vivo, TIM e Algar se inscreveram.
Apenas quatro empresas, Algar, Claro, Telefónica e TIM, se inscreveram nesta
terça-feira (23) para participar do novo leilão do 4G, que está marcado para 30
de setembro. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) encerrou às 10h o
processo de credenciamento das empresas interessadas e está, neste momento,
recebendo as propostas. Mais cedo, a Oi comunicou, por meio de fato relevante,
que não vai participar do leilão.
“Nesse sentido, e considerando que a faixa leiloada só poderá ter utilização
plena em 2019, a Companhia [Oi] decidiu manter a sua estratégia de investimento
em projetos estruturantes de rede que atendam aos objetivos de melhoria do nível
de qualidade e percepção dos serviços prestados aos seus clientes no acesso fixo
e móvel e reforçar os investimentos em aumento de cobertura e capacidade da rede
móvel e na expansão de banda larga e TV paga, numa lógica multiprodutos e
convergência a nível nacional”, diz o fato relevante.
A partir das 10h, a Anatel começou a receber os envelopes com as propostas.
Lacrados, esses envelopes só serão abertos no dia do leilão. Os representantes
da Claro foram os primeiros a chegar à sede da agência nesta terça.
O número de empresas interessadas no leilão é menor que o previsto e nenhum
grupo estrangeiro apresentou proposta. No início de setembro, o presidente da
Anatel, João Rezende, havia afirmado que uma empresas de fora do Brasil poderia
participar do certame.
“Existe uma empresa estrangeira interessada em participar do leilão”, disse
Rezende, que não quis revelar o nome dela. De acordo com o presidente da Anatel,
tratava-se de um grupo estrangeiro que ainda não tem atuação no Brasil.
Leilão
O novo leilão do 4G está marcado para 30 de setembro e pretende arrecadar, pelo
menos, R$ 7,7 bilhões. Esse valor é a soma do preço mínimo exigido pelo governo
para os 6 lotes, ou pedaços da faixa de 700 MHz, que serão oferecidos aos
interessados.
O 4G é sucessor do 3G, e a principal diferença entre eles está na velocidade da
conexão, que pode ser 10 vezes mais rápida na quarta geração. O 4G também é
chamado de banda larga móvel, por ter qualidade parecida com a maioria dos
acessos domésticos. Enquanto a tecnologia 3G alcança velocidades de até 21 Mbps
(megabits por segundo), o 4G pode chegar a 100 Mbps, sendo que a média de
velocidade fica entre 50 Mbps. Isso significa que os usuários do 4G podem
acessar mapas, carregar dados e imagens de forma quase instantânea.
Para ampliar a oferta dessa internet mais rápida, o governo vai vender "pedaços"
ou lotes da frequência de 700 MHz para empresas. As frequências são como
estradas. Cada serviço trafega em uma faixa. Alguns países, como os Estados
Unidos, também decidiram usar essa frequência porque ela exige menor quantidade
de antenas para cobertura de sinal. O 4G em funcionamento hoje no Brasil opera
na faixa de frequência de 2,5 GHz.
A faixa que vai ser leiloada para o 4G é próxima da usada pela TV digital, o que
provoca interferências. A mudança preocupa o setor de radiodifusão porque um
serviço pode interferir no outro.
Por conta disso, além do valor outorga as vencedoras do leilão também se
comprometem a investir um total previsto pela Anatel de R$ 3,6 bilhões para a
chamada “limpeza” da faixa de 700 MHz. Com esse dinheiro, serão comprados
equipamentos para que as emissoras de tv que hoje transmitem nessa na faixa de
700 MHz possam operar em outra frequência. Também será usado em eventuais
soluções para interferências.
Como será o leilão
Na primeira fase do leilão, serão oferecidos seis lotes de 10 MHz mais 10 MHz,
três com abrangência nacional (possibilidade de oferta do serviço de 4G em todo
o país) e outros três regionais. Um dos lotes regionais permite cobertura em
todo país, menos as áreas de atendimento da Sercomtel (região de Londrina) e
municípios do interior de São Paulo, Goiás e Minas Gerais atendidos pela CTBC.
Já os lotes cinco e seis são regionais e cobrem, respectivamente, as áreas da
Sercomtel e da CTBC.
Se não houver demanda na primeira rodada, a Anatel poderá realizar uma segunda,
dividindo os lotes que restaram em faixas menores de 5 MHz mais 5 MHz.