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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[01/02/16]
Anatel libera Algar, TIM, Claro e Vivo de gastar R$ 1 bi com faixa de 700 MHz
este ano - por Miriam Aquino
Em circuito deliberativo, a Anatel aprovou na noite de sexta-feira, 19,
autorização para que as operadoras de celular Algar, Claro, TIM e Vivo adiassem,
por um ano, o pagamento da segunda parcela da limpeza da frequência de 700 MHz,
que venceria no domingo, dia 31 de janeiro. Esse pagamento, de mais de R$ 1
bilhão, ficou adiado para 31 de janeiro de 2017 porque a agência entendeu que a
mudança no cronograma do calendário da TV digital promovida pelo Ministério das
Comunicações, que adiou o desligamento da TV analógica da maioria das cidades
para a partir de 2017, alterou também as condições do contrato.
Conforme o voto do relator Otávio Rodrigues, o adiamento do depósito, que seria
feito para a EAD (a empresa criada pelas operadoras de celular para administrar
o processo de transição da TV) não fere o interesse público, pois” possibilita
três das principais prestadoras de SMP do país manter mais de R$ 1 bilhão em
caixa pelo período de um ano, uma vez que libera recursos para eventuais
investimentos em expansão de cobertura e melhoria da cobertura e da qualidade
dos serviços prestados”.
A Anatel assinala também que o adiamento do pagamento não irá prejudicar os
objetivos do programa, que são o de pagar as emissoras de TV para deixarem a
frequência de 700 MHz e de comprar os conversores para a distribuição para as
famílias de baixa renda, porque no próximo ano serão depositados 60% do recursos
previstos, além de incidir a correção inflacionária sobre a segunda parcel.a
O relator não acatou, no entanto, o argumento da área técnica da agência, de que
a mudança no cronograma teria provocado também desequilíbrio
econômico-financeiro no contrato firmado entre as operadoras e a União.
Além do adiamento do cronograma do desligamento da TV analógica e da situação
econômica do país, levou-se em consideração também para conceder a autorização o
fato de que a EAD tem em caixa, hoje, R$ 1,1 bilhão devido ao depósito da
primeira parcela, feito no ano passado, ainda pouco usado.