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Fonte: Teletime
[01/03/17]
Antes do 5G, redes móveis apontam para velocidades de até 3 Gbps até 2019 -
por Samuel Possebon
Enquanto a quinta geração de redes móveis não vem, fabricantes e operadoras
prometem levar as redes 4G um pouco além, ultrapassando, por meio de algumas
melhorias em cima da atual tecnologia LTE, a barreira do 1 Gbps, seja com a
agregação de frequências para a chamada 4,5G Pro quanto para o que alguns, como
a Nokia, chamam de 4,9G, que chegará a 3 Gbps.
O processador Snapdragon 835, que deverá estar presente em alguns dos celulares
de ponta lançados este ano, já tem um modem capaz de lidar com velocidades de 1
Gbps. Este é a tendência de curto prazo do ponto de vista das redes móveis
mostrada no Mobile World Congress 2017 (MWC 2017) que aconteceu esta semana em
Barcelona.
O caminho para levar o LTE ao limite da geração até a chegada da 5G envolve
várias alternativas: desde a agregação de diversas faixas licenciadas até o uso
de faixas não-licenciadas (como as hoje utilizada pelos serviços de WiFi, em 5
GHz) com faixas já em uso para LTE e 3G (700 MHz, 1,8 GHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz
entre outras). A Qualcomm é uma das principais fomentadoras destas tecnologias
que combinam espectro não licenciado. Fabricantes como a Huawei, Ericsson e
Nokia trabalham no desenvolvimento dos equipamentos de redes LAA (Licenced
Assisted Access), que utilizam parte licenciada e parte não-licenciada, mas tudo
depende da capacidade de recepção destas frequências pelos handsets, o que deve
acontecer em 2018.
Baixa potência
Se em 2016 o Mobile World Congress já colocava IoT como o grande tema, em 2017 o
movimento foi ainda mais intenso, com aplicações, demostrações, tecnologias e
produtos para Internet das Coisas em praticamente todos os fabricantes
relevantes.
Entre 2016 e 2017 as tecnologias de baixa potência e grande alcance (LPWA),
essenciais para aplicações para agricultura ou smartgrids, por exemplo,
mostraram um forte amadurecimento. As soluções em nb-LTE (narrowband LTE) e LTE-M,
que utilizam a infraestrutura já instalada de 4G, começam a se tornar produtos.
A Verizon iniciou operações comerciais com o LTE-M e deve ampliar a cobertura
nos EUA em 2017 e a AT&T deve ir pelo menso caminho ainda no primeiro semestre.
Na Europa, a Orange e Vodafone estão avançadas com o projeto de LPWA. Pelo menos
mais 10 operadoras, nas contas dos fornecedores, devem lançar trials ou
operações comerciais este ano. Já as redes comerciais nb-LTE ainda parecem
distantes, mas todos os principais fabricantes mostraram que o desenvolvimento
dos equipamentos está em curso.
Estas tecnologias são de baixa capacidade e velocidade, em compensação permitem
a otimização do consumo de energia para baterias que duram por anos.