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Leia na Fonte: Convergência Digital
[21/03/11]
Linha dedicada amplia a discórdia entre as teles - por Luís Osvaldo
Grossmann
Detentoras de redes, as concessionárias de telefonia resistem às mudanças
propostas pela Anatel no novo regulamento sobre Exploração Industrial de Linhas
Dedicadas (EILD).
O regulamento estabelece critérios mais claros para a oferta de EILD na
modalidade Especial, buscando restringir essa opção ao mesmo tempo em que tenta
fazer do EILD Padrão o sistema usual de negociações entre detentores e
solicitantes de redes.
A resistências das teles é natural, uma vez que o EILD Especial tem preços
totalmente livres – o EILD Padrão também, mas segue uma tabela de referência da
Anatel – além de permitir que as detentoras de redes cobrem por eventuais
“ampliações” que julguem necessárias para atender os pedidos.
Para as empresas detentoras de redes, o regulamento representa “intrusividade da
entidade reguladora na tutela das atividades das empresas”, como citou a Oi, e,
ainda “amplia a incerteza e o risco do negócio, traz ameaças ao equilíbrio
econômico financeiro das concessionárias”, na visão da LCA Consultores. Para a
Telefônica, as mudanças “tendem a burocratizar o provimento de EILD”.
Tampouco surpreende que as empresas que precisam contratar redes tenham uma
interpretação completamente oposta sobre o regulamento. Não apenas defendem a
necessidade de atuação da Anatel nessa seara como pedem para que a norma torne
obrigatória a criação de uma Entidade Administradora neutra para tratar dos
contratos de linha dedicada – pelo texto da agência, a criação dessa entidade
seria opcional.
Para defender a norma, a TIM e a Telcomp apresentam números que refletem o poder
das empresas detentoras de rede nas negociações. Segundo a operadora móvel,
“enquanto os preços dos terminais de usuários do SMP caíram 80% e os custos dos
equipamentos das ERBs caíram cerca de 47%, desde 2008, o custo de transmissão
por site cresceu 88% no Brasil, no mesmo período”.
Já a Telcomp, que realizou pesquisa entre os associados, indica que “os custos
do insumo EILD representam até 70% de todos os custos de rede dessas operadoras.
No caso de operadores móveis (SMP), com maior poder de barganha, tais custos
chegam a 50% dos seus custos totais de rede”.