WirelessBRASIL |
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> EILD --> Índice de artigos e notícias --> 2011
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: Tele.Síntese
[21/03/11]
Para Telcomp, entidade administradora elimina assimetrias na venda de linha
dedicada - por Lúcia Berbert
Associação lembra que Cade já indicou necessidade de controle da oferta de EILD
pelas concessionárias
Ao contrário da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da
Fazenda, que defende a criação somente se necessária de uma entidade
administradora de EILD (Exploração Industrial de Linha Dedicada), a Telcomp
(Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações
Competitivas) considera a urgente necessidade de instituição de uma entidade
administradora neutra nesse mercado, nos moldes do condicionamento instituído
pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na aprovação da compra
da Brasil Telecom pela Oi.
Para aprovação do ato de concentração, o órgão de defesa da concorrência
estabeleceu algumas restrições por meio de um Termo de Compromisso de Desempenho
(TCD) assinado com a Oi. O termo prevê que o Cade terá instrumentos para
acompanhar a atuação da Oi no mercado de oferta de infraestrutura ao atacado.
Basicamente, a concessionária deverá disponibilizar um sistema online de
acompanhamento dos pedidos de EILD que recebe.
Em sua contribuição à consulta pública sobre revisão do regulamento do EILD, a
entidade frisa que “Não restam dúvidas de que essa medida é a única, dentre os
mecanismos aventados pela Anatel na atual proposta, capaz de eliminar a
assimetria de informação existente, garantindo a aplicação do regulamento e a
mudança comportamental das fornecedoras com PMS”. Segundo a Telcomp, a
transparência instituída por essa medida facilitaria muito o controle e
acompanhamento desse mercado, seja pela agência, pelas solicitantes, ou mesmo
pelas próprias fornecedoras PMS. “Todos teriam a ganhar”, ressalta.
A entidade também defende a necessidade de se utilizar preço-teto nas
contratações de solicitantes com fornecedoras PMS (Poder de Mercado
Significativo). “As evidências práticas apresentadas sobre o tema esclarecem
que, na média, as fornecedoras com PMS ofertam EILD a preços bem superiores aos
que a Anatel entende como razoáveis”, argumenta. A Telcomp diz que a instituição
de um preço determinado em níveis razoáveis para a oferta das fornecedoras com
PMS as impede de discriminar solicitantes via preço, turbina a demanda pela
contratação desse insumo, garantindo o desenvolvimento eficiente das redes e
novas ofertas de varejos, com qualidade e a preços mais baixos, inclusive em
áreas menos rentáveis do Brasil.
A Telcomp recomenda ainda que a lista mínima de velocidades de transmissão a
serem obrigatoriamente ofertadas pelas empresas fornecedoras de linhas dedicadas
pertencentes a grupo detentor de PMS na oferta de EILD e a serem detalhadas pela
Anatel, preveja velocidades acima de 2 Mbps, “por serem o caminho natural da
ampliação da oferta de banda larga que já se vivencia”, conclui.
A consulta pública sobre a proposta de revisão do regulamento de EILD durou três meses e recebeu 258 contribuições. Leia aqui a sua íntegra