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Leia na Fonte: Teletime
[15/12/11]
Conselho diretor da Anatel aprova consulta pública do SeAC - por Helton
Posseti
O conselho diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 15, a proposta do
regulamento do SeAC que será submetido a uma consulta pública por 45 dias. A
conselheira Emília Ribeiro, que havia pedido vistas da matéria, apresentou uma
série de sugestões à proposta, mas boa parte delas foi rejeitada pelos demais
conselheiros, embora uma sugestão importante tenha sido aceita.
A conselheira propôs que fossem mantidas explicitamente as normas técnicas dos
atuais regulamentos, proposta que difere da apresentada pelo conselheiro relator
Marcelo Bechara, que era a substituição completa dos regulamentos atuais do
serviço pelo novo do SeaC. A medida, na visão da conselheira, garante regras
mais claras para o período de transição sobre aspectos que não estão previstos
em lei.
A conselheira também propôs que o serviço de DISTV fosse incluído no escopo de
abrangência do novo regulamento, o que não foi aceito pelo conselho diretor. O
colegiado, entretanto, aceitou a sugestão de que os serviços que passarão a ser
regulados pela nova regra fossem listados nominalmente.
Venda casada
Foi aceita uma sugestão de Emília Ribeiro em relação a uma redação mais clara
que impeça a venda casada. Pela redação aprovada fica proibido que o preço do
SeAC isolado seja mais caro que no pacote com mais um ou mais dois serviços.
Must carry
Em relação aos canais universitários a conselheira trouxe um entendimento de
tribunais superiores de que qualquer tipo de instituição não é obrigada a se
associar ou permanecer associada. A regra proposta por Bechara prevê que esses
canais se organizem em entidades para definir qual deles será carregado. A
proposta da conselheira era de que a empresa criasse uma gerência específica
para definir qual canal seria carregado. O conselho diretor da Anatel,
entretanto, entendeu melhor manter a proposta do conselheiro relator.
Em relação aos canais abertos de rede nacional ficou decidido que todos deverão
ser carregados, embora a conselheira Emília tenha apontado restrições sobre esse
ponto também.
Área de prestação
Emília Ribeiro sugeriu que fosse explicitada que a área mínima de abrangência do
serviço fosse o município. A proposta foi rejeitada pelo conselho diretor, que
entendeu que ao não delimitar a área mínima, favorece o surgimento de pequenas
empresas interessadas em atuar em bairros específicos.
O próprio conselheiro Marcelo Bechara fez uma alteração na sua proposta original
com o objetivo de deixar claro como seriam outorgadas essa licença. Ficou
aprovado que a licença é nacional e poderá ser concedida uma para cada empresa
interessada, mesmo que ela pertença a um grupo onde outras empresas também
tenham uma outorga.
Set-top box
Foi mantida ainda a obrigação proposta para que as empresas sejam obrigadas a
instalar em suas redes set top box comprados no varejo, desde que eles sejam
homologados pela Anatel, o que não estava explícito no texto de Marcelo Bechara.