WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Lei do SeAC --> Índice de artigos e notícias --> 2011
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Teletime
[12/09/11]
Must carry dos canais abertos e serviços over-the-top são desafios da
regulamentação
Os principais desafios da Anatel para regular a nova Lei do Serviço de Acesso
Condicionado (SeAC), que foi sancionada nesta segunda, dia 12, pela presidenta
Dilma Rousseff, está na questão do must carry dos canais obrigatórios (sobretudo
dos canais abertos) e na questão dos serviços over-the-top (OTT).
Na questão dos serviços OTT, como Netflix e outros que estão chegando para
competir com a TV paga tradicional, a avaliação de fontes da agência e do
governo é que dificilmente isso poderá ser tratado na regulamentação do SeAC.
"Apesar de ser um serviço que potencialmente concorre com a TV por assinatura, a
lei define o serviço de acesso condicionado como um serviço com programação
linear. Serviços prestados apenas sob demanda não estariam enquadrados", avalia
a fonte.
Must Carry
Já a questão dos canais obrigatórios é bem mais complicada. E a dificuldade
maior está com a obrigatoriedade de retransmissão dos sinais locais das
geradoras de radiodifusão. O Serviço de Acesso Condicionado é obrigado a levar
os sinais das geradoras em sua área de autorização. Em operações via satélite de
cobertura nacional, seriam centenas de geradoras locais, o que é virtualmente
impossível tecnicamente. A Anatel terá a prerrogativa de decidir sobre casos em
que haja inviabilidade técnica ou econômica. O difícil será como resolver casos
já existentes. Por exemplo, operadoras como Sky, Telefônica ou Via Embratel têm
acordos com algumas geradoras de TV para retransmitir os sinais. Pela nova Lei
do SeAC, todas as geradoras poderão pedir o mesmo direito. A Agência terá que
decidir se determina que todos os canais sejam levados ou se a operadora de TV
por assinatura via satélite não transmite nenhum sinal de TV aberta, o que
significaria para as operadoras atuais uma intervenção em contratos existentes.
Ainda não parece haver solução para esse problema.
Aproveitamento
A Anatel deve aproveitar muito do que já estava na consulta pública da
regulamentação de TV a cabo que foi proposta em junho. Sobretudo nos
procedimentos de solicitação de outorga e obrigações dos operadores. Mas devem
ficar fora as questões de conteúdo, agora tratadas pela Ancine. As questões de
contrapartidas ainda serão colocadas, mas com remissão direta ao que for
estabelecido no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), para evitar criar
regras que serão instituídas em outros instrumentos regulatórios.