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Leia na Fonte: Teletime
[03/12/12]
Conselho de Comunicação Social quer ouvir Anatel, Ancine e Cade sobre o SeAC
- por Helton Posseti
O Conselho de Comunicação Social (CCS) aprovou a realização de uma audiência
pública para discutir os regulamentos do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC)
emitidos pela Anatel e pela Ancine. A audiência, que ainda não tem data para
acontecer, foi proposta pelo conselheiro Ronaldo Lemos, representante da
sociedade civil, e ouvirá representantes das duas autarquias e também do Cade.
Como determina a Lei 12.485, o CCS, através de comissões de relatoria
específicas, já produziu os pareceres em relação a essas regulamentações mesmo o
tendo feito fora do prazo determinado pela lei. Entretanto, o conselho ainda não
deliberou sobre eles porque o Artigo 29 do seu Regimento Interno determina que
não deve haver deliberação sobre temas que se encontram sub-júdice (e a Lei está
sendo analisada pelo Supremo).
O assunto foi levantado pelo conselheiro Alexandre Kruel Jobim, representante de
empresas da imprensa escrita, que na última reunião do órgão pediu vista do
parecer sobre o regulamento do SeAC produzido pela Anatel. Há divergência no
conselho sobre esse ponto. Para alguns conselheiros, o que está sub-júdice é a
lei e não os regulamentos produzidos a partir dela. Para resolver o impasse, o
conselho decidiu ouvir a consultoria legislativa sobre a aplicabilidade ou não
do Artigo 29 do regimento nesses caso.
Mesmo sem uma deliberação oficial ainda, a Anatel tomou conhecimento das
considerações da comissão de relatoria criada para discutir o regulamento do
SeAC e enviou um ofício assinado pelo superintendente de Comunicação de Massa,
Marconi Maya, onde se coloca à disposição do órgão para "outros esclarecimetos
ou mesmo troca de informações que se façam necessários, inclusive com a
realização de reuniões".
A iniciativa foi elogiada pelo conselheiro Roberto Franco, que ocupa a cadeira
destina a engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social.
"Felicito o superintendente Marconi pela maturidade da Anatel em enxergar que o
CCS tem um papel importante no aprimoramento da legislação", diz ele.