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Leia na Fonte: Teletime
[19/10/12]
SeAC está regulamentado há sete meses, mas interesse ainda não decolou - por
Samuel Possebon
Regulamentado pela Anatel desde o dia 28 de março, o Serviço de Acesso
Condicionado (SeAC), que substituiu as modalidades de TV por assinatura
existentes (cabo, DTH e MMDS) ainda tem resultados limitados em termos de novas
outorgas. Os pedidos de autorização para o novo serviço se limitam a 60 novos
pedidos, todos feitos por pequenos grupos locais e quase todos para pequenas
cidades, algumas cidades médias e poucas capitais. A lista completa pode ser
lida no site da agência. Segundo as primeiras análises feitas pelos técnicos da
agência, são em geral instaladores de antenas, provedores de Internet e
escritórios de advocacia. A maior parte das empresas sequer tem outorga de
Serviço de Comunicação Multimídia, o que provavelmente significa que também não
são detentores de redes de telecomunicações.
E mesmo entre estes 60 pedidos, poucos apresentram a documentação técnica
suficiente para que a outorga seja expedida, o que também mostra despreparo por
parte dos pleiteantes para entrar no complexo mercado de TV por assinatura.
Adaptações, sem amplicação
Se os novos pedidos de outorgas andam devagar, por outro lado alguns dos grandes
players do mercado já pediram a adaptação de suas outorgas (59 adaptações até
aqui), como o grupo Net/Embratel, a Sky e a Viacabo (Blue Interactive), mas não
há pedidos de ampliação das áreas de abrangência das outorgas. Apenas a Net
sinalizou informalmente que pretende pedir cerca de 50 cidades, mas para isso
ainda depende da aprovação de seu novo acordo de acionista pelo conselho diretor
(o que deve acontecer na próxima semana).
O número de pedidos por novas outorgas registrados até agora conflita com a
expectativa criada por uma lista de mais de 700 manifestações de interesse que a
Anatel havia divulgado antes da aprovação da Lei do Serviço de Acesso
Condicionado. Mas o mais surpreendente, para a agência, não é o desinteresse
efetivo desses grupos, o que já era esperado por se tratar de pedidos antigos e
feitos por grupos sem expressão nacional.
O que surpreendeu a agência foi o pequeno apetite das teles, que mais
pressionaram para a mudança no marco legal da TV por assinatura mas ainda não se
movimentaram para ampliar suas áreas de atuação. Na semana passada, este
noticiário apurou que a Telefônica/Vivo deve pedir a ampliação das áreas de
abrangência para cerca de 15 cidades. A Oi ainda não tem planos muito agressivos
de curto prazo. A GVT também não, já que oferece o serviço exclusivamente via
satélite. Até aqui, a Embratel é a única que apresentou planos de expansão
decorrentes do SeAC.