WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Lei do SeAC --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na
Fonte: Teletime
[05/08/13]
Bechara e Rangel discordam sobre como enquadrar OTT na Lei do SeAC - por
Helton Posseti
Pra o conselheiro da Anatel Marcelo Bechara, a distribuição dos serviços
over-the-top (OTT) está contemplada pela Lei 12.485/2011 que criou o Serviço de
Acesso Condicionado (SeAC), embora a lei não tenha feito essa distinção. Sendo
assim, no entendimento do conselheiro – que ele faz questão de ressaltar
tratar-se da sua opinião pessoal – os serviços de distribuição de conteúdo pela
Internet podem, sim, ser regulados pela Anatel.
"A competência da Anatel é sobre distribuição (de conteúdo audiovisual) e
distribuição é maior que o SeAC. Pode ser que, em algum momento, a gente possa
ter interesse em regular isso, mas eu não vejo o OTT, do ponto de vista de
distribuição, um tema que a Anatel tenha que enfrentar neste momento", disse ele
durante audiência pública promovida pelo Conselho de Comunicação Social (CCS) do
Congresso Nacional.
Bechara aproveitou para entrar também na seara da Ancine, cujo presidente,
Manoel Rangel, participava do debate. "Do ponto de vista do audiovisual, acho
que a Ancine tem um papel a desempenhar sobre isso", disse ele.
Rangel concorda que é preciso enfrentar a questão, mas, para ele, a Lei do SeAC
não deu competência automática para a Anatel regular esses outros agentes, como
entende Bechara. Para Manoel Rangel, é preciso mexer no que foi denominado
Serviço de Valor Adicionado (SVA), guarda-chuva que abarca todo e qualquer
serviço prestado sobre a Internet e sobre os quais não recaem as obrigações
legais como as da Lei do SeAC ou as tributárias. "A maneira como foi
disciplinado o SVA lá atrás, que pode ter sido útil para a primeira etapa do
desenvolvimento, agora se torna responsável por alguns dos problemas que estão
instalados", argumenta. "Ao lidar com OTT e vídeo on-demand (VOD) vamos botar em
xeque o conceito de SVA, onde está embutida a possibilidade fazer qualquer coisa
sem condicionante", afirma.