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Fonte: Teletime
[07/08/13]
Net Angra pede desburocratização do SeAC - por Bruno do Amaral
Durante o painel sobre a avaliação da ação regulatória da Anatel no setor de TV
por assinatura, no segundo dia da ABTA 2013, foi relembrado um aspecto da
atuação da agência que deixou um ranço no setor. "A Anatel ficou dez anos sem
abrir uma nova concorrência em TV a cabo. Achar que isso vai ser esquecido só
porque temos o SeAC (Serviço de Acesso Condicionado) é um pouco demais",
reclamou o diretor geral da Net Angra, Roger Karman. Ele lembra que a operadora,
que atua na cidade de Angra dos Reis (RJ), ficou durante uma década solicitando
expansão para dois municípios vizinhos. "A fronteira era apenas uma rua, e nada
foi permitido", diz.
Karman ressalta ainda que, durante esse período, o mercado mudou com o
crescimento do DTH, e esse impedimento de expansão acabou influenciando a
atuação da concorrência e da própria empresa. "O DTH surgiu como uma potência de
mercado, então a Anatel teve um papel fundamental na formação e modelagem do
setor", declara.
Apesar da reclamação, Karman diz que a Anatel está em boa direção, mas precisa
pisar no acelerador. "É preciso que haja uma simplificação e uma
desburocratização".
O conselheiro da Anatel Marcelo Bechara fez uma autocrítica em relação à
agência, reconhecendo que houve mesmo uma atuação que acabou interferindo no
desenvolvimento do mercado. "Também acho que foram dez anos em que a agência
comprometeu o crescimento do setor, reconheço isso", afirmou. Questionado sobre
a complexidade da regulamentação, ele prometeu simplificar ao máximo as regras
do SeAC, estabelecendo uma regulamentação única. "A tendência é essa, a agência
não pode ser um obstáculo, mas uma mola para o crescimento", defendeu-se.