WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Lei do SeAC --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/02/13]
Luiz Fux só julga lei do SeAC (TV paga) no segundo semestre - por Miriam
Aquino
Segundo o ministro do STF, não há possibilidade de seu parecer sobre a
constitucionalidade da lei ser concluído nos primeiros seis meses do ano
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, relator das três ações diretas
de inconstitucionalidade (ADINs) impetradas contra a lei do SeAC (Serviço de
Acesso Condicionado) afirmou hoje, durante a primeira audiência pública por ele
convocada para ampliar o debate sobre esta lei, aprovada em 2011 pelo Congresso
Nacional, que só irá emitir parecer sobre os pedidos de inconsticuionalidade no
segundo semestre deste ano. "O importante é que estamos ouvindo todos os setores
da sociedade", salientou o ministro. As ações foram impetradas pelo DEM, pela
NeoTV e pela Abra.
Na audiência de hoje, quando mais de 15 diferentes palestrantes se perfilaram na
defesa de seus interesses, houve argumentos prós e contra artigos da lei para
todos os gostos. O presidente da Ancine (agência do Cinema), Manoel Rangel,
ressltou que a lei não impõe qualquer restrição aos radiodifusores de
contratarem artistas nacionais, conforme chegou a reclamar o representate da
Abra, uma das associações que representa as emissoras de radiodifusão. Ele
salientou que a lei proíbe a coligação de empresas de telecomunicação e de
radiodifusão. "O radiodifusor é livre para contratar quem ele quiser", afirmou.
Os representantes dos programadores internacionais, por sua vez, voltaram a
bater na tecla de que a lei seria inconstitucional porque estaria interferindo
na liberdade da iniciativa privada. O advogado Marcelo Bitelli chegou a afirmar
que, devido à regulação da Ancine, "ser programador de TV por assinatura no
Brasil é hoje mais arriscado do que ser distribuidor de plutônio".
A defesa da lei, e principalmente das cotas do conteúdo da nacional, por sua
vez, foi feita por diferentes representantes da sociedade civil. Entre eles, do
Instituto Telecom e da ONG Barão de Itararé. Renata Mielli lembrou, que, sem a
nova lei, conforme pesquisa da própria Ancine, a produção audiovisual nacional
ocupava 1% da grade de programação de todos os canais de TV paga distribuídos no
país. "Havia, na verdade, uma invisibilidade do conteúdo nacional", afirmou. E
Marcelo Miranda, do instituto Telecom, reforçou que a lei aprovada foi o fruto
de um consenso político do Legislativo.