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Fonte: Convergência Digital
[20/06/13]
Sky não consegue liminar e tem que incluir canais abertos na programação -
por Luís Osvaldo Grossmann
A Justiça Federal não aceitou o pedido liminar da Sky e a operadora tem,
novamente, 10 dias para incluir oito canais ‘abertos’ em sua programação – além
dos seis que já carrega. A empresa, no entanto, deve recorrer da decisão da 3a
Vara Federal de Brasília.
Na ação, a Sky tenta evitar a inclusão de diversos canais ‘abertos’ – além de
cinco dos obrigatórios: TV Escola, comunitário, da cidadania, universitário e
legislativo municipal/estadual. Obrigada pela Anatel a incluir todos os
‘abertos’, queria já suspender essa determinação mesmo antes do julgamento do
mérito.
O Juiz Tales Krauss Queiroz, no entanto, abraçou o argumento da Anatel de que o
must carry – literalmente, ‘deve carregar’ – “é o ponto de partida de qualquer
pacote a ser ofertado”. Fica valendo, assim, ao menos até o fim do julgamento,
aquilo que a agência já determinara à operadora.
O carregamento obrigatório de canais não atingia operadoras de TV paga via
satélite, como a Sky, até o advento da Lei 12.485/11, a Lei do Serviço de Acesso
Condicionado, ou Seac. O sentido da exceção era técnico – transmissões via
satélite têm capacidade limitada.
A Sky, por exemplo, tem capacidade para 172 canais, mas existem 514 geradoras
locais de radiodifusão. Daí, ao regulamentar a lei, a Anatel criou a figura das
“redes nacionais” – geradoras com presença nas cinco regiões, alcance a pelo
menos um terço da população e programação, em sua maior parte, centralizada.
Desse entendimento resultam 14 ‘redes nacionais’. A Sky só carrega sete delas,
mas a regra da Anatel diz que, se levar um, tem que levar os 14. Para incluir a
Globo no line up, as operadoras têm que acomodar, por exemplo, a RIT TV, do
televangelista R. R. Soares e a Rede Brasil, do ex-deputado Celso Russomano.