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longo do tempo
Fonte: Teletime
[20/02/09] Impasse
sobre reversibilidade deve demorar para ser resolvido - por Mariana Mazza
A expectativa de parte do governo de que a Anatel poderia resolver rapidamente o
impasse jurídico criado em torno da reversibilidade do backhaul pode ser
frustrada pela burocracia da agência. Para reincluir a cláusula contratual onde
a reversão dos bens à União está explícita, a Anatel iniciou um novo trâmite
administrativo, onde é necessária a apresentação de informes tanto da área
técnica como da área jurídica.
A análise jurídica teria sido concluída no início deste mês, mas a proposta
ainda carece de finalização na Superintendência de Serviços Públicos (SPB),
responsável pelo encaminhamento final da papelada ao Conselho Diretor. Quando o
texto chegar oficialmente para os conselheiros, ainda deverá ser feito o sorteio
do relator da matéria e só depois de executada a análise por este conselheiro a
reinclusão da cláusula entrará na pauta. E todo esse caminho só deve ser
retomado em março.
O fato de as concessionárias estarem conversando com seus acionistas sobre a
assinatura do contrato com a cláusula não tem tido peso para a Anatel. O
entendimento da agência é que o aval dos acionistas ainda não é garantia de que
as companhias assinarão o texto prontamente. Empresas como a Telefônica já se
pronunciaram publicamente de que aguardam o esclarecimento da natureza do
backhaul público e o detalhamento dos itens reversíveis para se dispor a
concordar com a cláusula.
Esses detalhes só devem vir com a regulamentação do backhaul, documento que
deveria ter sido editado pela Anatel em agosto do ano passado. Por enquanto não
há previsão de quando a agência irá deliberar sobre este novo regulamento, que
já contaria com análises técnica e jurídica. Mesmo que o Conselho Diretor
agilize a análise, a edição do documento também não é rápida, uma vez que a
Anatel terá que colocar o material em consulta pública e pode optar por fazer
audiências públicas para debater o tema com a sociedade.