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Fonte: Convergência Digital
[11/02/10]
Anatel torna backhaul reversível e fixa preço de uso da infraestrutura - por
Luís Osvaldo Grossmann
Esperado desde agosto de 2008, seis meses após o acordo da troca de o obrigações
que promoveu a implantação de backhaul em todos os municípios do país, a Agência
Nacional de Telecomunicações aprovou, nesta quinta-feira, 11/2, o regulamento do
Programa Geral de Metas de Universalização 2, ou PGMU 2 – ou ainda, o
regulamento do backhaul.
Coincidência ou não, a decisão tomada pela Anatel ocorre um dia depois que o
governo anunciou o adiamento, para março, do lançamento do Plano Nacional de
Banda Larga.
No aparente vácuo deixado pela equipe de inclusão digital do governo, a agência
reguladora anuncia um paliativo para rede pública federal, que tem como objetivo
principal, a promessa de abrir para pequenos provedores a possibilidade de
dispor de uma infraestrutura mais barata, se comparados aos preços cobrados hoje
pelas grandes empresas de telefonia.
Medidas
Além de itens como novas metodologias para a definição da densidade de orelhões,
algumas das medidas mais esperadas são a reafirmação de que o backhaul é um bem
reversível e, muito relevante, a criação de parâmetros para os preços que as
concessionárias podem cobrar pelo uso da infraestrutura por terceiros.
O parâmetro, na verdade, é provisório. Um modelo de custos ou outro sistema que
permita aferir com precisão o custo a ser coberto pelo uso da rede ainda precisa
ser desenvolvido pela agência. Porém, enquanto isso, o Conselho Diretor aprovou
um teto para essa cobrança, que deve respeitar a relação com o custo de conexões
locais.
Na prática, segundo a agência, isso significa que a venda de 1 Mbps de
capacidade para empresas terceiras – que então podem revendê-la a consumidores –
ficará em torno de R$ 600, enquanto 2 Mbps custarão pouco mais de R$ 800, por
exemplo.
Além disso, a agência determinou que as receitas e despesas com backhaul devem
ser devidamente separadas dos demais serviços prestados pelas operadoras. A
medida tem objetivo de permitir a verificação de quanto as concessionárias
ganham com o “aluguel” dessa infraestrutura. E, pelo menos por enquanto, esse
saldo deve ser reinvestido.