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Leia na Fonte:
Tele.Síntese
[25/09/12]
Bens reversíveis: bancos já consideram cenário de depreciação total da rede do
STFC
E concessionárias teriam que gastar mais de R$ 13 bi para renovar contratos
Com a divulgação da lista dos bens reversíveis pela Anatel, na semana passada,
diferentes bancos começaram a fazer projeções sobre quanto vão valer as
concessionárias (que têm um grande número de acionistas minoritários) quando
terminar o prazo das atuais concessões, em 31 de dezembro de 2025.
No cenário mais pessimista, o banco Goldman Sachs acredita que a Anatel, que
anunciou que os bens reversíveis (ou aqueles que serão devolvidos à União,
mediante pagamento, no fim da concessão) das cinco concessionárias (CTBC,
Embratel, Oi, Sercomtel e Telefônica) valem hoje R$ 17,365 bilhões, vai manter
as taxas de depreciação adotadas em sua conta inicial, para que o Estado não
tenha que pagar nada às empresas no final da concessão. Se isso ocorrer,
assinala o banco, as concessionárias terão perdas, mas pequenas.
A Telefônica, cujo valor dos bens reversíveis calculados pela Anatel a preços de
hoje é de R$ 6,713 bilhões perderiam R$ 902 milhões no final da concessão; e a
Oi ( Telemar, R$ 4,563 bilhões e Brasil Telecom, R$ 2,802 bilhões), cujo valor
dos bens reversíveis soma R$ 7,366 bilhões, renunciaria a R$ 830 milhões
(aplicando-se o custo médio ponderado de capital de 10,1% ao longo destes anos.
Uma perda de pequeno impacto, assinala o banco.
O Goldman Sachs prevê ainda que, se o governo vender as mesmas concessões para
as atuais operadoras (incluindo os bens que serão devolvidos), elas terão que
pagar mais de R$ 13 bilhões pelas novas concessões. Fazendo as contas pelo fluxo
de caixa que será gerado nesses anos, a Telefônica teria que desembolsar R$ 6,9
bilhões (ou R$ 2 bilhões a valor presente) e a Oi R$ 6,2 bilhões (ou R$ 1,8
bilhões a valor presente) para assinar um novo contrato de concessão, que no
futuro, estima o banco, não deverá mais contar com a tarifa da assinatura
básica.
No caso das operadoras móveis, o banco assinala que as renovações das
frequências são feitas automaticamente. A maioria das licenças expira em 2018, e
deverão ser renovadas por outros 15 anos.
Há muitos condicionantes nessas projeções, mas não deixam de ser interessantes.
( Da redação).