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Leia na Fonte: Teletime
[11/04/13]
Entidades cobram do Minicom integridade na política de bens reversíveis
Preocupadas com a possibilidade de entrega de bens reversíveis em troca de
investimentos em redes privadas das operadoras, entidades de defesa ao
consumidor se reuniram nesta quinta, 11, com o ministro Paulo Bernardo. De
acordo com a Associação de Consumidores Proteste, o ministro foi "incisivo" ao
negar que haverá a entrega de bens públicos para as teles. Segundo levantamento
da entidade, o valor estimado de redes de acesso, de transporte e imóveis chega
a R$ 80 bilhões.
A preocupação das 105 entidades que integram a campanha "Banda Larga é um
Direito Seu" se deu por conta da possibilidade de que a nova versão do Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL 2.0) "deixasse de considerar a importância do
regime público para a garantia da democratização dos serviços de
telecomunicações e da possibilidade de entrega dos bens reversíveis". Na
reunião, o secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República,
Diogo Santana, comprometeu-se a apresentar "o mais breve possível" uma proposta
para definir a mesa de diálogos com a sociedade civil.
As entidades afirmam que a instalação de redes de fibra no País é algo
necessário, mas que não pode ser realizada com a transferência de bens de
interesse público à iniciativa privada. A mobilização argumenta que cabe ao
Estado as maiores prerrogativas para exigir o cumprimento de obrigações por
parte das empresas, incluindo aí a modernização da infraestrutura e a previsão
de mecanismos públicos de subsídio para investimentos, como o Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A associação de
consumidores afirma que, de acordo com a lei, o Fust só pode ser utilizado para
o cumprimento de metas de universalização, "obrigação que se refere apenas a
serviços prestados em regime público".
Da Redação