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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[14/05/13]
Governo desiste de levar fibra óptica a todas as residências brasileiras;
[Bernardo voltou a afirmar que a discussão dos bens reversíveis está encerrada,
e não haverá qualquer troca de regime neste governo] - por Miriam Aquino
Governo se convenceu que na região Amazônica a implantação desta rede fixa de
banda larga seria impossível
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou hoje (14) que o Plano
Nacional de Banda larga 2.0 que está em discussão no governo prevê investimentos
de R$ 120 bilhões em 10 anos, e terá metas trienais e quinquenais. Mas, segundo
o ministro, o governo desistiu da intenção inicial de levar a fibra óptica para
todas as residências brasileiras - cujos custos estimados seriam de R$ 180
bilhões - porque se convenceu que na região Amazônica a implantação desta rede
fixa de banda larga seria impossível. "Na Amazônia, iremos atender pelo menos
200 municípios com o satélite da Telebras", afirmou Bernardo.
Segundo o ministro, os planos de investimentos de R$ 120 bilhões para massificar
a banda larga com diferentes tecnologias estão mantidos nas discussões e deste
montante, pelo menos R$ 27 bilhões terão que ser alocados para a construção dos
backhauls em todos os municípios brasileiros.
Recursos
Para viabilizar estes investimentos, afirmou Bernardo, o governo irá contar com
três fontes: recursos do Tesouro Nacional; investimentos do setor privado, pela
venda de frequências em troca da construção de infraestrutura; e financiamento
subsidiado dos bancos de fomento. Quanto à troca dos bens reversíveis, Bernardo
voltou a afirmar que esta discussão está encerrada, e não haverá qualquer troca
de regime neste governo.
O ministro afirmou ainda que o Proteste, que ingressou com uma ação no
Ministério Público contra um documento que propunha a troca dos bens reversíveis
por investimentos em banda larga, não pode querer proibir que o governo discuta
qualquer alternativa. "Da mesma forma que eles já propuseram mudar o regime da
banda larga de privado para público", assinalou o ministro para completar que
não haverá mudança nenhuma em nenhuma das duas direções.