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Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/04/16]
Anatel volta a adiar decisão sobre venda da sede da Telefônica - por Luís
Osvaldo Grossmann
Quatro anos depois de negar pela primeira vez a venda da sede da Telefônica em
São Paulo, a Anatel ainda se debruça sobre como tratar a alienação de bens
imóveis associados à concessão. Até aqui, com três votos, a sinalização é de que
o negócio não vai mesmo ser autorizado. Mas tudo pode mudar caso avance a ideia
de dar novo tratamento aos imóveis incluídos como bens reversíveis.
Nesta quinta, o presidente da agência, João Rezende, com vista do processo há
dois meses, determinou à Superintendência de Controle Obrigações que realize
novas diligências sobre o assunto – tarefa para a qual contará com um prazo de
90 dias.
O caso recua a 2012, quando o assunto foi pela primeira vez colocado ao Conselho
Diretor. Naquela ocasião, prevaleceu o entendimento de que o negócio proposto
pela Telefônica, de vender a sede da rua Martiniano de Carvalho e alugar um
prédio na rua Berrini, também na capital paulista, podia ser bom para a empresa,
mas era ruim para a concessão de telefonia.
Passaram-se os anos e a Telefônica recorreu. O entendimento em três votos
colocados até aqui é que o pedido deve ser negado, mas por motivos processuais,
não de mérito. Ato contínuo, abriu-se uma discussão que foge ao escopo
específico do pedido para tratar dos imóveis em geral como bens reversíveis.
É nesse ponto em que os votos, especialmente do relator atual, Igor de Freitas,
sinalizam concordância com o mérito, notadamente pelo entendimento de que os
bens reversíveis imóveis representam “estoque de capital elevado que prejudica a
eficiência”. Daí porque, apesar da negativa por uma questão processual, o pleito
ainda pode vir a se tornar vencedor na Anatel.