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Leia na Fonte: Convergência Digital
[06/12/16]
Senado aprova projeto que muda o marco do setor de Telecomunicações
Por 11 votos a zero, a Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional aprovou, em
caráter terminativo, o PLC 79/2016, que altera o modelo de telecomunicações e
permite a conversão de concessões em autorizações. O projeto (PLC 79/2016) do
deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), tem o objetivo de estimular os investimentos
em redes de suporte à banda larga, eliminar possíveis prejuízos à medida que se
aproxima o término dos contratos e aumentar a segurança jurídica dos envolvidos
no processo de prestação de serviços de telecomunicação.
O projeto faz parte da Agenda Brasil, elaborada pelo presidente do Senado, Renan
Calheiros, com matérias que contribuam para o desenvolvimento econômico do país.
O deputado Daniel Vilela compareceu à reunião da comissão e disse que as
políticas públicas voltadas para o setor de telecomunicações devem ser focadas
em ações relacionadas à inclusão digital e à universalização da banda larga.
O relator da matéria, o presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA),
apresentou apenas uma emenda de redação. Segundo o senador, o projeto atualiza o
marco regulatório das telecomunicações, alinhando-o com os anseios da sociedade.
Ele disse que a proposta certamente irá contribuir para impulsionar os
investimentos desse setor, “que é fundamental para o desenvolvimento do país”.
Caso não haja recursos para sua análise em Plenário, o projeto segue para a a
sanção presidencial.
Autorização e banda larga
O projeto permite a adaptação da modalidade de outorga do serviço de
telecomunicações de concessão para autorização, mediante solicitação da
concessionária. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai deliberar
sobre o pedido, mediante o cumprimento de requisitos específicos, como a
garantia da prestação de serviço em áreas sem concorrência e a continuidade dos
contratos já assumidos.
Outro requisito exigido é de que a prestadora assuma o compromisso de que o
saldo gerado na adaptação será obrigatoriamente convertido em investimentos em
redes de banda larga. O projeto também busca tornar mais simples e rápido o
processo de obtenção de autorização e estabelece investimentos em tecnologias
voltadas para acessibilidade de pessoas com deficiência. A Anatel deverá, de
acordo com a proposta, reavaliar periodicamente a regulamentação, buscando a
promoção da competição e a adequação à evolução tecnológica e de mercado.
Segundo o projeto, o prazo máximo da concessão será de 20 anos, podendo ser
prorrogado várias vezes. A lei atual permite uma única prorrogação, por igual
período. A mesma alteração passa a valer para as autorizações, que têm prazo de
20 anos, e para a exploração de satélites, que tem prazo de 15 anos, sem limite
de prorrogações. O projeto ainda trata de restrições de incidência do Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e da transferência da
autorização de uso de radiofrequências entre prestadores de serviços.
*Com agência Senado