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Leia na Fonte: Teletime
[16/12/16]
PT apresenta recurso no último minuto e PLC 79/2016 pode ficar para fevereiro
- por Samuel Possebon
Este noticiário confirmou junto à liderança da minoria no Senado que foi
apresentado um recurso com 10 assinaturas às 19:59 para que o PLC 79/2016, que
muda a Lei Geral de Telecomunicações e permite a migração das concessões para
autorizações, seja votado em plenário. Com isso, se a mesa diretora do Senado
confirmar as assinaturas e a entrega dentro do prazo, o projeto não irá para
sanção automática.
A surpresa de última hora foi a recuperação da assinatura da senadora Regina
Sousa (PT/PI) e a inclusão da assinatura do senador Reguffe (sem partido/DF).
O recurso é patrocinado pelos senadores Roberto Requião (PMDB/PR), Lindbergh
Farias (PT/RJ), Paulo Rocha (PT/PA) e Vanessa Grazziotin (PC do B/AM). Há duas
questões que agora precisarão ser verificadas: se o recurso foi de fato entregue
no prazo, e se as assinaturas são todas válidas. Isso só deve acontecer na
segunda, dia 19.
Quanto ao prazo, houve ao longo do dia informações desencontradas da mesa do
Senado, que ora informava que o prazo final era às 19:00, ora informava ser às
20:00. O PT confiou na informação das 20:00 e diz que o recurso foi aceito e
considerado válido. Sobre as assinaturas, é um processo de conferência e de
verificação se algum senador apresentou pedido de retirada de assinaturas dentro
do prazo. Segundo informações de fontes da liderança da minoria, foi feita uma
verificação no protocolo, fax e email e não apareceu no prazo regimental nenhum
pedido de retirada.
A apresentação do recurso foi uma operação de guerrilha de parte dos senadores
da oposição, pois outra parte, liderada pelo senador Jorge Viana (PT/AC)
trabalhou para que nenhum recurso fosse apresentado. Viana ajudou a convencer
dois senadores a retirarem suas assinaturas do recurso original, que havia sido
preparado no começo da semana: Paulo Paim (PT/RS) e a senadora Regina Sousa.
A mobilização para reverter as perdas durou dois dias. A surpresa foi o senador
do Distrito Federal. Resumindo a situação: se o recurso não tiver nenhum
problema (como apresentação fora do horário ou assinaturas inválidas) e não
houve algum pedido de retirada de assinatura apresentado dentro do prazo, o
projeto mais importante para o setor de telecomunicações fica para fevereiro.