WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Bens Reversíveis --> Índice de artigos e notícias --> 2016
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[13/01/16]
Abinee defende licença única para serviços de comunicação - por Rafael Bucco
Entidade pede fim do regime público de prestação de serviço de telecomunicações
e rechaça regulamentação de OTTs
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) enviou hoje,
13, suas contribuições à consulta pública para a definição de um novo marco
regulatório das comunicações. A consulta, organizada pelo Ministério das
Comunicações, recebe comentários até o próximo dia 15.
A proposta da associação é que o governo crie uma “outorga, ou licença única”
para todos os serviços de comunicação de voz, dados, vídeo “e outros que venham
a ser ofertados”.
Na opinião da Abinee, o STFC deixou de ser um serviço para o qual o Estado deva
garantir acesso universal. Com isso, não seria mais necessária a existência de
obrigações de cobertura ou, sequer, a existência do regime público de exploração
de concessões.
“Em decorrência da convergência tecnológica, da convergência dos serviços e do
atual nível de competição nos serviços de telecomunicações, incluindo os
serviços de banda larga, entendemos que o regime privado deve prevalecer como
regime único com modelo de outorga de serviços simplificada tais como a outorga
única já existente em outros mercados maduros”, afirma.
A entidade acredita que a existência de bens reversíveis inibam o investimento,
e defende o fim do conceito. Para as empresas que hoje usam bens reversíveis, os
ativos deveriam ser precificados e o valor transformado em compromisso de
investimentos em expansão das redes.
A Abinee pede que os recursos do Fust (Fundo para a Universalização dos Serviços
de Telecomunicações), sejam destinados a investimentos de infraestrutura e
subsidiem a operação em locais de baixa atividade econômica, “inclusive para
serviços de banda larga, independentemente do regime de prestação”.
Defende que o governo crie políticas públicas para promover a adoção da banda
larga no país. E que o foco dessas políticas recaia sobre as redes de transporte
e acesso.
Como a ABDTIC, que enviou sua proposta no começo do mês, a Abinee quer uma
regulamentação principiológica para garantir que a legislação não fique defasada
rapidamente. “A regulamentação deveria ter menor nível de detalhamento para
permitir maior agilidade ao acompanhamento da qualidade da prestação dos
serviços de telecomunicações”, diz a entidade. Pede, ainda, a redução de
encargos regulatórios, tributários e a criação de incentivos – como a
continuidade do REPNBL, da Lei do Bem e da Lei de Informática.
Por fim, afirma que as OTTs, empresas de conteúdo que trafegam pelas redes das
operadoras, como Google ou Netflix, não sejam reguladas. “Nos termos da Lei
Geral de Telecomunicações os serviços (OTT) são considerados serviços de valor
adicionado, permanecendo fora do escopo de regulamentação, o que acreditamos
deve permanecer na construção do novo arcabouço legal, na medida em que o
resultado certamente seria nada além de um impedimento a inovação constante do
setor. Maior equilíbrio regulatório entre Prestadoras e OTT deve ser buscado por
meio da redução do encargo regulatório”, afirma.