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Leia na Fonte: Teletime
[17/02/17]
Além do PGO, auditoria para avaliar valor da migração também espera PLC 79 -
por Bruno do Amaral
Como a aprovação do PLC 79/2016, que altera o modelo de telecomunicações, segue
indefinido no Congresso, a Anatel precisa adiar alguns processos internos que
estavam desenhados para coincidir com o novo marco legal. Conforme antecipado
por este noticiário, a consulta pública do novo Plano Geral de Outorgas (PGO) e
as audiências públicas relacionadas deverão mesmo ser postergada. Mas o
presidente da agência, Juarez Quadros, falou nesta sexta, 17, em conversa com
jornalistas, que ainda não sabe ao certo quanto tempo será necessário adiar.
"Isso está sendo liberado hoje em circuito deliberativo na Anatel. Não sabemos
quando será, mas não pode é ficar com ele com prazo de 60 dias de consulta
pública, vamos ter que fazer a prorrogação por 30 ou 60 dias mais", contou.
Outra coisa que deverá esperar o PLC 79 é a contratação de auditores
independentes para fazer avaliação dos valores de migração do modelo de
concessões para o de autorizações, segundo Quadros. "Dependemos da sanção da Lei
para poder fazer a tal contratação, fazer o RFP (request for proposal), o termo
do edital, para poder então contratar essas entidades", declara. Isso porque,
segundo explica o presidente da agência, a metodologia não será em função dos
bens reversíveis, mas em fluxo de caixa descontado referente aos ganhos na
mudança e o valor dos ativos ao final da concessão, em 2025.
A expectativa, revela Quadros, é "repetir o processo que foi feito quando da
venda do sistema Telebras, cujo critério aprovado pelo Tribunal de Contas foi o
de fluxo de caixa descontado". O presidente da Anatel afirma que a Lei não
define isso, mas que essa metodologia seria via "atos complementares" que seriam
submetidos ao Tribunal de Contas da União e da Advocacia Geral da União. "Isso
nós temos ainda que desenhar, montar tudo, e esse trabalho a Anatel tem de se
antecipar na inovação regulatória também", afirma.
Juarez Quadros reconhece que, no estado atual da economia e das contas públicas,
a destinação de recursos públicos para um plano nacional de banda larga é mais
difícil. Mas a solução, mais uma vez, depende do novo marco de telecom. "Então,
a expectativa agora é a transição de modelo, e esse recurso ser levantado e ser
destinado à questão da inclusão digital", diz. "Isso vai depender do valor da
transição."
Quadros ressalta o trabalho político da agência (em conjunto com o Ministério da
Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações) para mostrar "a importância do
PLC e do desdobramento", que está sendo feito em estágios "como foi na época da
venda da Telebras", com conversa entre pastas também. A equipe técnica da Anatel
está trabalhando também com uma equipe técnica do TCU "para tudo isso ser
encaminhado" e, assim que o PLC for sancionado (se for), já poder ter um
processo acelerado.