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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[12/01/17]
Anatel pretende contratar consultoria e auditoria externas para calcular valor
do bem reversível - por Miriam Aquino
O presidente da Anatel, Juarez Quadros, afirmou hoje, 12, que o valor dos bens
reversíveis das concessionárias deverá ser calculado por duas consultorias
independentes, que terão ainda as contas auditadas por uma terceira empresa.
Esse foi o modelo adotado pelo BNDES na privatização da Telebras e ele acha que
deu certo.
O presidente da Anatel, Juarez Quadros, defendeu hoje, 12, a contratação de pelo
menos duas consultorias e uma auditoria externa para calcular e confirmar o
valor dos bens reversíveis das concessionárias que serão transferidos para as
operadoras investirem em banda larga, quando for sancionado o PLC 079 (Pl 3453).
No entender do presidente, a agência deve adotar o mesmo modelo implementado
pelo BNDES à época da privatização da Telebras, quando foram vendidas 19,32% das
ações da estatal. ” É um trabalho de fôlego, pois é preciso calcular a
depreciação de milhares de ativos”, afirmou.
Por isso, entende, a agência deve buscar o apoio de empresas independentes, para
que não paire qualquer dúvida sobre os valores a serem encontrados. “No caso da
privatização, os preços foram aprovados sem restrição pelo TCU e pela
sociedade”, afirmou. Ele entende que a União Internacional de Telecomunicações (UIT)
poderia fazer a contratação das empresas.
2018
O presidente disse, porém, que o cálculo dos ônus e dos bônus da migração, que
também deverá ser feito para se encontrar o justo valor na transição de um
regime de concessão para o de autorização, irá depender de orientações do Poder
Executivo, com a regulamentação do projeto de lei. “Há ainda muito a ser feito e
entendo que os investimentos em banda larga originários dessa lei só começarão a
ocorrer em 2018”, afirmou.
Ele disse ainda que o valor de R$ 20 bilhões por ele citado como o que
corresponderia aos bens reversíveis foi citado pelo próprio Tribunal de Contas
da União, (TCU). Esse valor foi encontrado pelo Ministério do Planejamento, e
pelo Ministério da Fazenda, quando divulgaram notas técnicas em apoio às
mudanças no marco legal de telecomunicações.